ATA DA TRIGÉSIMA SEGUNDA SESSÃO ORDINÁRIA DA TERCEIRA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA QUINTA LEGISLATURA, EM 18-4-2011. 

 


Aos dezoito dias do mês de abril do ano de dois mil e onze, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas, foi realizada a chamada, respondida pelos vereadores Aldacir José Oliboni, Bernardino Vendruscolo, DJ Cassiá, Dr. Raul Torelly, Dr. Thiago Duarte, Idenir Cecchim, João Antonio Dib, João Carlos Nedel, Mauro Pinheiro, Professor Garcia, Reginaldo Pujol e Toni Proença. Constatada a existência de quórum, o senhor Presidente declarou abertos os trabalhos. Ainda, durante a Sessão, compareceram os vereadores Adeli Sell, Airto Ferronato, Alceu Brasinha, Carlos Todeschini, Elias Vidal, Fernanda Melchionna, Haroldo de Souza, Luciano Marcantônio, Luiz Braz, Mario Fraga, Mario Manfro, Mauro Zacher, Paulinho Rubem Berta, Pedro Ruas, Sebastião Melo, Sofia Cavedon, Tarciso Flecha Negra e Waldir Canal. Na ocasião, foi apregoado o Memorando nº 031/11 (Processo nº 1393/11), de autoria do vereador Professor Garcia, deferido pela senhora Presidenta, solicitando autorização para representar externamente este Legislativo, no dia quatorze de abril do corrente, em reunião com a Presidência da Câmara Municipal de São Paulo, no Município de São Paulo – SP. Do EXPEDIENTE, constaram os Ofícios nos 043/11, da senhora Izabel Christina Cotta Matte, Coordenadora-Geral do Gabinete de Planejamento Estratégico da Prefeitura Municipal de Porto Alegre; e 141/11, do senhor Gustavo Meinhardt Neto, Coordenador de Sustentação ao Negocio da Caixa Econômica Federal – CEF. Após, o senhor Presidente concedeu a palavra, em TRIBUNA POPULAR, ao senhor Francisco Hypólito da Silveira, Presidente da Associação Brasileira de Atletismo Master – ABRAM –, que discorreu sobre o XX Campeonato Mundial de Atletismo Master, a ocorrer no ano de dois mil e treze, em Porto Alegre, e o IX Gran Prix do MERCOSUL, a ocorrer no mês de maio do corrente ano. Durante o pronunciamento do senhor Francisco Hypólito da Silveira, foi realizada apresentação de audiovisual referente ao tema abordado por Sua Senhoria. Também, nos termos do artigo 206 do Regimento, os vereadores Professor Garcia, Reginaldo Pujol, Carlos Todeschini, Tarciso Flecha Negra, Airto Ferronato, Toni Proença e João Carlos Nedel manifestaram-se acerca do assunto tratado durante a Tribuna Popular. Na oportunidade, a senhora Presidenta registrou a presença, neste Plenário, do senhor José Edgar Meurer, Secretário Municipal de Esportes, Recreação e Lazer, convidando Sua Senhoria a integrar a Mesa dos trabalhos. Às quatorze horas e quarenta minutos, os trabalhos foram regimentalmente suspensos, sendo retomados às quatorze horas e quarenta e um minutos, constatada a existência de quórum. A seguir, constatada a existência de quórum deliberativo, foi aprovado Requerimento verbal formulado pelo vereador Bernardino Vendruscolo, solicitando alteração na ordem dos trabalhos da presente Sessão, iniciando-se o período de COMUNICAÇÕES, hoje destinado a assinalar o transcurso, amanhã, do Dia do Exército, nos termos do Requerimento nº 002/11 (Processo nº 0570/11), de autoria do vereador Dr. Thiago Duarte. Compuseram a Mesa: a vereadora Sofia Cavedon, Presidenta da Câmara Municipal de Porto Alegre; o general-de-exército Túlio Cherem e o coronel Luiz Alfredo Mendes dos Santos, respectivamente Comandante e Subchefe do Estado-Maior do Comando Militar do Sul; o senhor Bill Lara, 1º Vice-Presidente da Liga da Defesa Nacional; e o senhor Sérgio Renk, Diretor-Presidente do GBOEX – Grêmio Beneficente. Em COMUNICAÇÕES, pronunciaram-se os vereadores Dr. Thiago Duarte, Reginaldo Pujol, este em tempo cedido pelo vereador Alceu Brasinha, João Carlos Nedel, este em tempo cedido pelo vereador Aldacir José Oliboni, e Bernardino Vendruscolo. Na oportunidade, foi ouvido o Hino Nacional, executado pela Fanfarra do 3º Regimento de Cavalaria de Guarda, sob a regência do subtenente Carlos Alberto. Após, a senhora Presidenta concedeu a palavra ao general-de-exército Túlio Cherem, que agradeceu a homenagem hoje prestada por esta Casa. Em prosseguimento, foram ouvidos o Hino Rio-Grandense e a Canção do Exército, executados pela Fanfarra do 3º Regimento de Cavalaria de Guarda, sob a regência do subtenente Carlos Alberto. Na ocasião, foram registradas as seguintes presenças, neste Plenário: do senhor Antonio Carlos Macedo Monró, Presidente do Conselho Deliberativo do GBOEX – Grêmio Beneficente; do senhor Aristides Oliveira de Melo, Presidente da Confiança Companhia de Seguros; do tenente-coronel Otávio Rodrigues de Miranda Filho, Comandante do 3º Batalhão de Policia do Exército; do coronel Uirassú Litwinski Gonçalves, representante do Quinto Comando Aéreo Regional – V COMAR –; do tenente-coronel Oswaldo Aparecida de Carvalho, representando o Hospital Militar de Porto Alegre; do tenente-coronel Edson Barbarioli Netto, representando a 1ª Divisão de Levantamento do Exército; do tenente-coronel Cássio Murilo Garcia Coutinho, representando a Base de Administração e Apoio da 3ª Região Militar; do coronel Antônio Augusto Vianna de Souza, representando o Colégio Militar de Porto Alegre; e do tenente-coronel Aluízio Pires Ribeiro Filho, representando o 3º Batalhão de Comunicações. Às quinze horas e trinta minutos, os trabalhos foram regimentalmente suspensos, sendo retomados às quinze horas e trinta e três minutos, constatada a existência de quórum. Em COMUNICAÇÕES, pronunciou-se o vereador Adeli Sell. A seguir, a senhora Presidenta registrou a presença do padre Antônio José Laureano de Souza, da paróquia São José do Murialdo, concedendo a palavra a Sua Reverência, que convidou os presentes para a Via Sacra no Morro da Cruz, a ocorrer no dia vinte e dois de abril, Sexta-Feira Santa, no Bairro São José, tendo-se manifestado a respeito os vereadores Aldacir José Oliboni, Dr. Thiago Duarte e Dr. Raul Torelly. Às quinze horas e cinquenta minutos, os trabalhos foram regimentalmente suspensos, sendo retomados às quinze horas e cinquenta um minutos, constatada a existência de quórum. A seguir, por solicitação do vereador Carlos Todeschini, foi realizada verificação de quórum, constatando-se a existência do mesmo. Em COMUNICAÇÕES, pronunciou-se o vereador João Antonio Dib, em tempo cedido pelo vereador Beto Moesch. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, pronunciaram-se os vereadores Alceu Brasinha, Idenir Cecchim, João Antonio Dib e Reginaldo Pujol e a vereadora Fernanda Melchionna. Em GRANDE EXPEDIENTE, pronunciaram-se os vereadores Mauro Pinheiro e Luiz Braz, este em tempo cedido pelo vereador Mario Manfro. Em seguida, nos termos do artigo 94, § 1º, alínea “g”, do Regimento, a senhora Presidenta concedeu TEMPO ESPECIAL ao vereador Professor Garcia, que relatou sua participação, em Representação Externa deste Legislativo, no dia quatorze de abril do corrente, em reunião com a Presidência da Câmara Municipal de São Paulo, no Município de São Paulo – SP. Às dezessete horas e quatro minutos, constatada a existência de quórum, foi iniciada a ORDEM DO DIA. Em Votação, foi aprovado o Requerimento nº 024/11 (Processo nº 1480/11). Durante a apreciação do Requerimento nº 024/11, a vereadora Sofia Cavedon afastou-se da presidência dos trabalhos, nos termos do artigo 22 do Regimento. Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Resolução nº 005/11 (Processo nº 0344/11). Em Discussão Geral e Votação, esteve o Projeto de Lei do Legislativo nº 021/11 (Processo nº 0838/11), o qual, a Requerimento verbal formulado pelo vereador Idenir Cecchim, aprovado, foi retirado da priorização para a Ordem do Dia da presente Sessão. Às dezessete horas e dez minutos, a senhora Presidenta declarou encerrada a Ordem do Dia. A seguir, foram apregoados os seguintes Memorandos, deferidos pela senhora Presidenta, solicitando autorização para representar externamente este Legislativo: nº 014/11, de autoria do vereador Beto Moesch, amanhã, na Conferência de Abertura do Projeto Destinos e Ações para o Rio Grande do Sul, no Teatro Dante Barone do Palácio Farroupilha, em Porto Alegre; nº 005/11, de autoria da vereadora Maria Celeste, hoje, no evento “Conjuntura em debate: contexto internacional e política econômica”, às nove horas e trinta minutos, no Auditório da Fundação de Economia e Estatística, em Porto Alegre; e nº 004/11, de autoria do vereador Nilo Santos, nos dias de hoje e amanhã, em homenagem alusiva ao aniversário de nascimento do ex-Presidente Getúlio Vargas, às nove horas, no Município de São Borja – RS. Ainda, foi apregoado Requerimento s/nº, de autoria do vereador Reginaldo Pujol, deferido pela senhora Presidenta, solicitando autorização para representar externamente este Legislativo, hoje, em reunião sobre as obras do Projeto Monumenta na Praça da Alfândega, no prédio da Prefeitura Municipal, em Porto Alegre. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, pronunciaram-se os vereadores Mario Fraga, João Antonio Dib, este pelo Governo, Mauro Pinheiro e Aldacir Oliboni, este pela oposição. Em PAUTA, Discussão Preliminar, 2ª Sessão, estiveram os Projetos de Lei do Legislativo nos 022 e 142/10 e 031/11 e o Projeto de Lei do Executivo nº 014/11. Durante a Sessão, os vereadores Pedro Ruas e Aldacir José Oliboni manifestaram-se acerca de assuntos diversos. Às dezessete horas e trinta e dois minutos, constatada a inexistência de quórum, o senhor Presidente declarou encerrados os trabalhos, convocando os senhores vereadores para a Sessão Ordinária da próxima quarta-feira, à hora regimental. Os trabalhos foram presididos pela vereadora Sofia Cavedon e pelos vereadores DJ Cassiá, Mario Manfro e Toni Proença e secretariados pelo vereador Toni Proença. Do que foi lavrada a presente Ata, que, após distribuída e aprovada, será assinada pelo senhor 1º Secretário e pela senhora Presidenta.

 

 


O SR. PRESIDENTE (DJ Cassiá): Passamos à

 

TRIBUNA POPULAR

 

O Sr. Francisco Hypólito da Silveira, Presidente da Associação Brasileira de Atletismo Master, está com a palavra, pelo tempo regimental de dez minutos, para tratar de assunto relativo ao XX Campeonato Mundial de Atletismo Master, que se realizará em Porto Alegre em 2013, e ao IX Gran Prix do Mercosul, que acontecerá em maio de 2011.

 

O SR. FRANCISCO HYPÓLITO DA SILVEIRA: Obrigado. Boa-tarde, Srs. Vereadores. Ao iniciar a nossa fala, queremos parabenizar os presentes aqui, principalmente o nosso Exército Brasileiro, pelo Dia do Exército, que será amanhã. Para nós é uma honra estar antecedendo a apresentação dos senhores.

 

(Apresentação de PowerPoint.)

 

O SR. FRANCISCO HYPÓLITO DA SILVEIRA: A Associação Brasileira de Atletismo Master é uma entidade nacional que trabalha com atletas veteranos com idade de 35 a 100 anos, todos eles considerados de cinco em cinco anos. Nós somos regulamentados pela IAF (International Association of Athletics Federations), que cuida das normas técnicas da nossa entidade; pela WMA (World Masters Athletics), entidade mundial de atletismo master; na América do Sul, pela ASUDAVE (Asociación Sudamericana de Atletismo Veterano), associação dos atletas veteranos, e, no Brasil, somos filiados à CBAt (Confederação Brasileira de Atletismo), que é formada por treze associações brasileiras de atletismo master.

Trabalhamos com projetos desde 1989, quando da nossa fundação; com projetos de dois em dois anos; com a realização do Troféu Brasil, atividades envolvendo entidades esportivas contra entidades desportivas; com os campeonatos brasileiros, que são Estados contra Estados. Nós já realizamos a Meia Maratona de Porto Alegre, os Revezamentos de Verão e Inverno. Realizaremos, agora em maio, o IX Gran Prix de Atletismo Master do Mercosul, que pega toda a nossa costa terrestre da América Latina. Participamos dos Campeonatos Sul-Americanos, tanto de provas de rua como de provas de pista e campo, e participamos da captação do Campeonato Mundial de Atletismo para 2013 em Porto Alegre.

Em 2002, quando a Abram veio para Porto Alegre, nós ousamos, participando de campeonatos mundiais. Em 1999, quando fomos à Inglaterra, vimos a possibilidade - contávamos com o apoio de algumas entidades e pessoas que militavam no atletismo no mundo - de trazer o evento para Porto Alegre. Para nós era um grande desafio, porque esse evento nunca se realizou na América do Sul. Em 90% das suas realizações, ele ficou no eixo europeu e no norte da América, entre Canadá e Estados Unidos. Nós fizemos um contato inicial em 2005, em San Sebastián, na Espanha, e, em 2007, com o apoio de uma diretoria que era favorável ao Brasil, nós lançamos uma candidatura forte na Itália, mas, infelizmente, perdemos para os Estados Unidos. Em 2009, voltamos à Finlândia, no Campeonato Mundial, levamos a proposta de Porto Alegre e saímos vencedores por 117 contra 5 votos. Até então, a WMA tinha uma representação de 123 países naquela assembleia, hoje ela está com 160 países filiados.

Nós estamos mostrando ali um quadro com a participação dos brasileiros no Exterior. (Referindo-se à imagem do PowerPoint.) Queremos deixar claro a esta Câmara de Vereadores, às pessoas aqui presentes e a quem nos apoia que, apesar de sermos filiados à Confederação Brasileira de Atletismo Master, que deve cuidar do atletismo juvenil, infanto-juvenil, adulto e master, nós não temos as benesses que os atletas considerados profissionalizados têm. Todas as atividades de que participamos foram às nossas expensas. E tivemos condições de dar um exemplo na semana passada, em uma palestra da qual participamos junto com o Sr. Prefeito, citando o Pan-Americano que se realizou no Rio em 2007 e que foi todo bancado pelo Governo brasileiro. Nós achamos que deve ser bancado, porque cada parte deve ter sua fatia. Tivemos seis mil atletas no Pan-Americano, e o Governo teve que os buscar no Aeroporto, dar-lhes transporte, alimentação e alojamento.

Com o nosso Campeonato Mundial ocorrerá exatamente o contrário. Do Campeonato Mundial, que já está garantido para Porto Alegre em 2013, deverão participar, pela média dos últimos mundiais - e será o primeiro a se realizar na América Latina; já ocorreram oito na Europa, oito na América do Norte, um na Ásia, um na Oceania; um na África do Sul, nos seus áureos tempos -, sete mil atletas, mais os acompanhantes. São atletas que vão pagar as suas despesas para vir para Porto Alegre, vão usar a rede hoteleira, vão se alimentar e fazer turismo. Enfim, é isso que a gente quer colocar ao Poder Público sobre esse evento.

Nós temos aqui dados da WMA, entidade mundial que atuou nesses últimos 18 anos de campeonatos mundiais (Referindo-se à imagem apresentada.): 78% dos participantes têm de 35 a 65 anos, isso quer dizer que há muitas pessoas ainda em atividades; 53% dos participantes têm uma renda média entre dois e oito mil dólares; 95% têm curso superior, com um grande índice de pessoas com mestrado e doutorado; 30% realizam viagens pré e pós-competições; 96% dos participantes hospedam-se em hotéis; 1/3 viaja acompanhado. Pode ser que haja uma desvantagem para nós, porque o nosso campeonato será de 24 de julho a 04 de agosto, uma época difícil, de frio, com risco de chuvas e intempéries, porém nós pegamos as férias europeias e da América do Norte, o que é a garantia de participação, no mínimo, de quatro a cinco mil atletas. E 92% das pessoas que participam do Campeonato Mundial tendem a voltar ao país.

Na nossa defesa, o que apresentamos para que o Campeonato Mundial se realizasse em Porto Alegre? A nossa Cidade dá visibilidade ao Campeonato, porque tem um milhão de habitantes; apesar de ser uma pequena metrópole, é uma Cidade com ares provincianos; é uma Cidade segura, em relação ao Rio de Janeiro e a São Paulo, no que diz respeito a pessoas idosas. Há o apelo turístico de todas etnias. Quando nós fizemos a defesa de Porto Alegre... Infelizmente, quem vai para fora deste País ouve muito sobre a questão do carnaval, sobre a questão da Amazônia, a questão de Foz de Iguaçu e Cataratas. E nós mostramos que, nesta ponta do Rio Grande, há toda uma tradição da Europa, composta por 27 etnias. Os locais de realização de provas serão todos próximos, em torno de 10 quilômetros: o Gasômetro, para as provas de maratona e marcha atlética; o Parque Marinha do Brasil, com a prova de cross country; mais os estádios, a Sogipa, o CETE, a PUC e a ESEF. A rede hoteleira comportará esse grande número de participantes, nós já tivemos experiências de eventos internacionais em Porto Alegre; temos um transporte público eficaz e uma gastronomia da Cidade com a qualidade e de acesso aos atletas; há também a questão da vantagem da moeda em relação ao euro, ao iene e ao dólar. Nós estamos falando, é claro, de um evento mundial que terá um custo alto, mas não é porque ele será realizado no Brasil que não terá padrões internacionais para os brasileiros e, principalmente, para os nossos companheiros da América do Sul.

Há também a questão da visibilidade do mundial. Em cinco campeonatos mundiais, o Comitê da WMA levou o material de divulgação do Brasil, do Rio Grande do Sul e de Porto Alegre para ser distribuído a cinco mil atletas. Durante quatro anos a atenção estará voltada para Porto Alegre, sede do Campeonato Mundial. A escolha da sede do Campeonato Mundial do ano de 2017 será feita em Porto Alegre, no Campeonato Mundial de 2013. Também vai haver, em Porto Alegre, a eleição para a nova Diretoria da WMA. Isso quer dizer que 160 países vão estar sediados na nossa Cidade. E será o XX Campeonato, que é um número significativo.

No nosso Campeonato Mundial serão realizadas provas de pista: 100, 200, 400, 800, 1.500, 5.000, 10.000 metros; prova de todos os arremessos e lançamentos: peso, martelo, disco, martelete; as provas combinadas: pentatlo, decatlo e heptatlo; além das provas de rua, como maratona, cross; enfim, é uma miniolimpíada, é uma atividade regulamentada pela Associação Internacional de Federações de Atletismo, a IAAF, atividade da qual nós realmente devemos nos orgulhar.

Queremos dar um pequeno demonstrativo do impacto da realização desse evento na economia da Cidade, estamos falando a partir de dados fornecidos pela Embratur: o valor médio gasto pelo turista no Brasil por dia é 312 dólares, sendo que o valor do dólar, quando feito o orçamento, era de 1,85 real, então o valor gasto pelo turista, por dia, é de 560 reais; valor médio para economia da Cidade e Estado, considerando 7 mil pessoas, com dados da Embratur: aproximadamente 48 mil home night - são 47 milhões de reais, o que representa só para a economia do Município, em termos de ISSQN, 2 milhões, 358 mil reais. O custo do nosso evento será de cerca de 4,5 milhões de reais; com isso, nós queremos sensibilizar. Já fomos ao Sr. Prefeito, estamos nesta Casa, na Câmara de Vereadores, vamos ao Governo do Estado, vamos à Assembleia Legislativa e temos que chegar a Brasília, ao Ministério dos Esportes e à Câmara Federal, para apresentar esses dados.

Vou dar um exemplo rápido. Os equipamentos que são usados pelas crianças nas escolas: dardos, martelos e marteletes de pesos de 2, 3, 4, 5, 6, até 7 quilos... Em relação aos idosos, é exatamente o contrário: quanto maior a idade, menor a quantidade de equipamentos usados. Relativamente a esses jogos de equipamentos que serão cobrados de nós para a nossa estrutura, não interessa à Abram ficar com, por exemplo, dez jogos desse tipo de equipamento. Então, tem que ser feito um acordo governamental para que seja adquirido esse equipamento e para que, depois, ele seja distribuído às escolas, às faculdades, centros sociais, enfim, porque isso é investimento em equipamentos.

Outra coisa que tem que ser colocada quando formos a Brasília é a questão da arbitragem: para a Confederação Brasileira de Atletismo, a CBAt, assumir essa arbitragem conosco, porque ficarão, no Rio Grande do Sul, trezentos árbitros treinados, com equipamentos internacionais e um programa internacional para trabalhar nas Olimpíadas de 2016, no Rio. É isso que temos que sensibilizar, precisamos do apoio dos senhores. A Abram, junto com os apoiadores, que vamos aqui enumerar, simplesmente foi o caminho para trazer essa atividade, assim como os Jogos Militares, que serão realizados em 2011 no Rio, que envolvem todas as nossas corporações de segurança, desde Bombeiros, Exército Nacional, Brigadas Militares, Polícias Civis; enfim, a Abram foi um mero passo. O Campeonato, a partir de agora - oficialmente, nós poderemos falar dele só depois do dia 17 de julho, quando for realizado o de Sacramento, nos Estados Unidos -, não será mais da Abram, nós passamos a ser um termo secundário; é um campeonato de Porto Alegre, do Rio Grande do Sul e do Brasil. Nós faremos parte de um comitê local, simplesmente; nós temos participado de “n” reuniões nesta Cidade. Acompanhamos, no material da Copa do Mundo, que estão vindo fiscais para ver as vias de acesso, a segurança, a rede hoteleira em Porto Alegre... Isso tudo nós já fizemos desde 2006. Já realizamos tudo; realizamos com o apoio do Poder Público e com o apoio desta Casa.

Sempre foram apoiadores dessa nossa empreitada, de uma maneira ou outra, a Prefeitura de Porto Alegre; esta Câmara de Vereadores, que sempre foi nossa parceira, já tivemos “n” reuniões com as presidências; a PUC; a ESEF, a nossa Escola Superior de Educação Física; a Sogipa; a EPTC; a Fundergs, que, através do Governo do Estado, nos deu apoio; o Governo do Estado, que nos recebeu; a Secretaria Municipal de Turismo; a Secretaria Municipal de Esportes, Cultura e Lazer; a Secretaria Estadual de Turismo; o Porto Alegre Convention & Visitors Bureau. Há entidades parceiras que sempre estiveram conosco: o Governo Federal, por intermédio da Embratur; o Governo do Estado, por meio da Fundergs; a Prefeitura Municipal de Porto Alegre; a Secretaria Municipal de Esporte e Lazer; a Secretaria Municipal de Turismo; a EPTC e o Porto Alegre Convention & Visitors Bureau. Ali está o logotipo do nosso mundial (Referindo-se à imagem do PowerPoint.), todo feito às nossas expensas. Para realização desse evento, temos o apoio da Abram, que está participando da organização; da Office Marketing Eventos, como empresa organizadora, e de outras entidades que sempre estiveram conosco: o Exército Brasileiro - quando realizamos as provas em Porto Alegre de aniversário da Cidade, participaram como voluntários e na ajuda de palco - e a Polícia Civil, que sempre esteve conosco.

Então é isso, Srs. Vereadores, que gostaríamos de colocar. Queremos dizer da grandiosidade desse evento para esta Cidade. Em 2013, sete mil esportistas, mais acompanhantes, em torno de nove mil pessoas, estarão aqui durante 13 a 15 dias participando de eventos nesta Cidade. Estamos passando imagens de San Sebastián (Referindo-se à imagem do PowerPoint.), mostrando o que representa para um Município sediar o evento, e Porto Alegre deve sediar essa atividade, que veio para nós como a primeira e a única na América do Sul.

Queria também apresentar este pequeno livreto (Mostra livreto.) em português, francês, alemão, inglês e espanhol. Ele estará circulando em 160 países a partir de julho não com a fotografia de Sacramento, e sim com uma foto de Porto Alegre, da nossa Porto Alegre, mostrando que o Campeonato de 2013 será em Porto Alegre. Essa divulgação será feita em todo o mundo, coisa que também queremos colocar aos senhores. Estamos à disposição para sanar qualquer dúvida ou questionamento. Muito obrigado, estamos à disposição desta Casa. (Palmas.)

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Convidamos o Sr. Francisco Hypólito da Silveira a fazer parte da Mesa. Contamos com a presença do Sr. José Edgar Meurer, Secretário Municipal de Esportes, Recreação e Lazer.

O Ver. Professor Garcia está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.

 

O SR. PROFESSOR GARCIA: Srª Presidente; Sr. Edgar Meurer, Secretário; prezado Francisco Hypólito, permita-me chamá-lo de Chiquinho, pela amizade que temos, falo em nome do PMDB, constituído nesta Casa pelo nosso Líder, Ver. Idenir Cecchim; pelos Vereadores Sebastião Melo, Haroldo de Souza, Bernardino Vendruscolo, Dr. Raul e por este Vereador.

Quero dizer que, aos poucos, 2013 está chegando. Acompanho de perto, desde o início, a busca para o Campeonato Mundial acontecesse nesta Cidade, fico muito satisfeito. Lembro que, nas primeiras investidas, Porto Alegre não conseguiu, lembro também, logo depois, de toda a maratona, como contaste: a maratona de ir aos órgãos buscar essa manifestação, esse desejo da Cidade. Porto Alegre, naquela oportunidade, através do seu Prefeito, disse que tinha vontade de sediar o Campeonato; lembro daquela reunião com o Fogaça, lembro da tua assunção a Presidente da Associação dos Veteranos Gaúchos. Vejo aqui hoje inúmeros membros e quero saudar a Lídia, nossa professora, da minha época da UFRGS; também o Caetano, que era Sargento do Exército. O Caetano foi meu atleta em 1972, no Sport Club Internacional, atleta multicondecorado. Caetano, parabéns! Sei que já estás quase nos 80. Mas vejam o tamanhão dele! (Palmas.) Eu treinei o Caetano há 40 anos.

Quero dizer que isso é bom, é bom para os atletas, que vão começar a ter uma percepção nova, porque hoje grande parte do esporte no mundo é feito através de masters, porque eles têm um poder aquisitivo diferenciado - ao visitar as cidades, eles fazem esporte e turismo. Eu tenho certeza de que Porto Alegre vai ganhar, porque, em números de participantes, essa vai ser a maior competição. O Pujol lembra que a maior competição foi em 1963, nos Jogos Mundiais Universitários, com cinco mil atletas, mas, desta vez, vamos superar. Parabéns a ti, parabéns à empresa Office Marketing, que está dando suporte. Tenho certeza de que o povo do Rio Grande do Sul e do Brasil vai ganhar. Parabéns!

(Não revisado pelo orador.)

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.

 

O SR. REGINALDO PUJOL: Srª Presidente, Verª Sofia Cavedon; Sr. Secretário Municipal dos Esportes, nosso amigo Edgar; Presidente Francisco Hypólito da Silveira, eu quero secundar o Ver. Garcia, que, inclusive, me deu o mote principal deste meu pequeno pronunciamento de dois minutos, lembrando-me dos Jogos Mundiais Universitários, aqui realizados no ano de 1963, quando eu era um jovem, mal ingressava na universidade. Da mesma forma que hoje se encontram dificuldades e incompreensões, nós tivemos que remover enormes dificuldades, porque ninguém acreditava na nossa capacidade de organizar aqueles jogos aqui em Porto Alegre, e eles foram realizados com todo o sucesso. Houve a nossa participação já no início, quando foi feita a mobilização para que Porto Alegre desse uma chancela financeira, inclusive para que fosse, lá na Finlândia, assegurada a possibilidade da realização dos jogos aqui no Brasil e no Rio Grande do Sul; além disso, além dessa minha ligação com a Universíade, que vai festejar, no ano de 2013, um ano antes desses jogos, 50 anos de ocorrência - pode ser que até algum daqueles participantes esteja aqui, agora como master -, se não bastasse tudo isso, há mais um fato: Porto Alegre não pode se encolher para um evento desta magnitude.

Eu sou maníaco por futebol, estou apoiando a Copa do Mundo com todo o meu empenho, acho que é bom para Porto Alegre, mas não tenho nenhum temor em dizer que, sob o ponto de vista de divulgação desta Cidade, quem sabe esses jogos que serão aqui realizados superem até a Copa do Mundo, que terá alguns jogos aqui em Porto Alegre. Os jogos do Campeonato Mundial de Atletismo Master serão todos efetivados em 2013 aqui em Porto Alegre. Tem que ser bom, bem organizado, e isso V. Sª vai garantir. E o governo brasileiro, o gaúcho e o porto-alegrense têm que apoiar, apoiar mesmo, não só no discurso! Conte conosco!

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Carlos Todeschini está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.

 

O SR. CARLOS TODESCHINI: Srª Presidente, Verª Sofia Cavedon; Sr. Edgar Meurer, Secretário Municipal de Esportes; nosso amigo Francisco Hypólito da Silveira, sempre engajado na luta pelo esporte: em nome da nossa Bancada - do nosso Líder Mauro Pinheiro e dos Vereadores Oliboni, Adeli Sell, Comassetto e Maria Celeste -, nós nos manifestamos aqui no sentido de total e irrestrito apoio como Partido, como Bancada e também na nossa parcela como Câmara de Vereadores, com a representação da nossa Presidente, a Verª Sofia. O XX Campeonato Mundial de Atletismo Master, em 2013, e também o IX Gran Prix do Mercosul, em 2011, são dois eventos que vão configurar de maneira muito potente a projeção da Cidade, que também se prepara para a Copa e para a Olimpíada de 2016 - é um conjunto encadeado de eventos da mais alta grandiosidade. Por isso, contem com a gente, com o nosso irrestrito e total apoio. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Tarciso Flecha Negra está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.

 

O SR. TARCISO FLECHA NEGRA: Srª Presidente, em nome da Bancada do PDT, composta pelos Vereadores Mario Fraga, Dr. Thiago, Luciano Marcantônio e Mauro Zacher, nosso Líder, eu quero cumprimentar aqui o Secretário de Esportes, o Sr. Edgar, e o Presidente da Associação, o Sr. Francisco. Que maravilha, Sr. Francisco! Depois do futebol, esse foi o esporte do meu sonho. Eu comecei com o atletismo e, aos 18 anos, 20 anos, conseguia fazer uma marca de cem metros rasos em 11.9, quando o recorde mundial era 9.9. E sempre foi meu sonho. Quem sabe a minha oportunidade está aí no master. Eu quero parabenizá-lo pelo lindo evento que vai acontecer em 2013, quando vamos ter a Copa das Confederações. Todos nós sabemos que esse é um esporte lindo, que carrega multidões, e vão ganhar Porto Alegre e o Brasil, que vão sediar uma Copa do Mundo em 2014, deixando já, desde 2012, ano que vem, uma marca em todos os esportes, em todas as modalidades, passando pelo nosso País, enriquecendo-o e trazendo muita paz, muito esporte e muito amor. Obrigado. Conte com a Bancada do PDT.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Airto Ferronato está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.

 

O SR. AIRTO FERRONATO: Quero trazer a minha saudação à nossa Presidente, registrar a presença do nosso Secretário e a importância de ter conosco, nesta tarde, o Sr. Francisco Hypólito. Eu andei lendo e ouvindo, na semana passada ou retrasada, exatamente sobre esse evento, que haveria a possibilidade de trazê-lo para cá, e hoje nós vemos isso concretizado. Queremos dizer da importância que é Porto Alegre contar com mais um acontecimento que traz para cá a atenção de muitos países do mundo. A notícia é interessante, e Porto Alegre está, sim, preparada para isso, mas, antes de estar preparada, ela está bastante engrandecida - a Cidade, nós, enquanto Câmara, mas muito especialmente o nosso cidadão e a cidadã, que agora sabem da importância de sediarmos um campeonato master, de nível internacional, aqui na nossa Cidade.

Estamos juntos. Cumprimento o senhor e toda a delegação de comandantes dessa jornada, aqueles que se empenharam para que o evento acontecesse aqui. Trago um abraço fraterno e carinhoso ao senhor e a toda a sua equipe. Obrigado.

(Não revisado pelo orador.)

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Toni Proença está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.

 

O SR. TONI PROENÇA: Verª Sofia Cavedon, Presidente; Edgar Meurer, nosso Secretário de Esporte; Francisco, a quem dedico um abraço especial; é assim mesmo, Francisco, alguém tem que liderar - aproveitando o Dia do Exército - as tropas em prol de uma causa como essa. Assistindo ao vídeo que está sendo transmitido no telão, vejo que há vários exemplos em uma olimpíada como essa, em um evento como esse: o exemplo da educação, o exemplo da superação, o exemplo da convivência com os mais velhos, o exemplo do esporte, que aglutina, inclui e ensina a cidadania. Além de tudo, é um evento que ainda se propõe a trazer divisas para a cidade de Porto Alegre. Portanto, acho que deve haver uma grande interação entre o Governo Federal, o Governo Estadual e o Governo Municipal em prol da realização desse evento. Afinal de contas, Porto Alegre fica no Rio Grande do Sul, que se localiza no Brasil. Um evento como esse tem de receber o apoio das três instâncias governamentais. Tenho certeza de que a Câmara pode somar esforços para que consigamos, realizando esse evento, trazer mais divisas, mais educação e mais cidadania para a nossa gente. Conte com a Bancada do PPS, em meu nome, em nome do Ver. Paulinho Rubem Berta e do Ver. Elias Vidal. Parabéns pela dedicação e pela liderança.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. João Carlos Nedel está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.

 

O SR. JOÃO CARLOS NEDEL: Eu queria, em nome da Bancada do Partido Progressista, composta pelo Ver. João Antonio Dib, nosso Líder; pelo Ver. Beto Moesch e por este Vereador, e em nome da Frente Parlamentar do Turismo, cumprimentar o nosso ilustre Francisco Hypólito e o nosso Secretário Municipal dos Esportes, o Sr. Edgar Meurer, que vêm aqui nos informar das novidades com relação ao XX Campeonato Mundial de Atletismo Master, que vai ser realizado em Porto Alegre no ano de 2013. Lembro, Francisco, realmente, a importância do apoio que esta Câmara deu, assim como o Convention Bureau e todo o trading turismo de Porto Alegre, representado pelo nosso líder Norton Lenhardt, que está aqui para ratificar a importância desse evento para a nossa Capital. Contem com todo o apoio desta Casa, da Frente Parlamentar do Turismo e, tenho certeza, do trading turismo também. Meus parabéns, e vamos continuar a luta por esse grande evento, porque Porto Alegre merece. Parabéns!

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Nós queremos saudar a Associação Brasileira de Atletismo Máster, a Abram, que recebi na Presidência quando construímos esta Tribuna Popular, exatamente porque uma das principais demandas é a divulgação. Esse é um evento que ainda é muito desconhecido pela Cidade, pelo Estado, apesar da magnitude que representa para Porto Alegre. Nós estamos muito orgulhosos, e as diferentes Bancadas aqui manifestaram admiração pelo empenho, Francisco, pelo que a Associação Brasileira fez e está fazendo, pela enorme responsabilidade que tem. Nós pedimos ao nosso Secretário que dê um grande apoio, que a Secretaria, o Município sejam parceiros de primeira e de última hora, para que nós tenhamos um grande evento.

A Câmara está à disposição da entidade. Francisco, parabéns, conte conosco, acione-nos para que tudo dê certo até lá e, principalmente, para que todos os preparativos possam ser muito bem feitos, para termos, mais uma vez, a cidade de Porto Alegre inscrita no mundo positivamente, dando um exemplo positivo da valorização da terceira idade, do ser humano, do esporte e da vida. Muito obrigada pela tua presença aqui. Sucesso!

Estão suspensos os trabalhos para as despedidas.

 

(Suspendem-se os trabalhos às 14h40min.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon – às 14h41min): Estão reabertos os trabalhos.

O Ver. Bernardino Vendruscolo está com a palavra para um Requerimento.

 

O SR. BERNARDINO VENDRUSCOLO (Requerimento): Srª Presidente, em razão da homenagem que faremos hoje ao Exército Brasileiro, solicito a inversão da ordem dos trabalhos, para que possamos entrar imediatamente no período de Comunicações. Após retornamos à ordem normal.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Em votação o Requerimento de autoria do Ver. Bernardino Vendruscolo. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO por unanimidade.

Passamos às

 

COMUNICAÇÕES

 

Hoje este período é destinado a assinalar o Dia do Exército, nos termos do Requerimento nº 002/11, de autoria do Ver. Dr. Thiago Duarte, Processo nº 0570/11.

Convidamos a compor a Mesa o Sr. General de Exército Túlio Cherem, Comandante do Comando Militar do Sul; convido também o Sr. Coronel Luiz Alfredo Mendes dos Santos, Subchefe do Estado-Maior do Comando Militar do Sul; o Sr. Bill Lara, 1º Vice-Presidente da Liga da Defesa Nacional; o Sr. Sergio Renk, Diretor-Presidente do Gboex. Cumprimento todos os senhores, as senhoras e as senhoritas integrantes do nosso Exército Brasileiro.

O Ver. Thiago Duarte, proponente desta homenagem, está com a palavra em Comunicações.

O SR. DR. THIAGO DUARTE: Excelentíssima Verª Sofia Cavedon, Presidente da Câmara Municipal de Porto Alegre; Exmo Sr. General de Exército Túlio Cherem, Comandante do Comando Militar do Sul; Sr. Coronel Luiz Alfredo Mendes dos Santos, Subchefe do Estado-Maior do Comando Militar do Sul; Sr. Bill Lara, 1º Vice-Presidente da Liga da Defesa Nacional; Sr. Sergio Renk, Diretor-Presidente do Gboex; excelentíssimas autoridades civis, militares e eclesiásticas presentes ou representadas; meus caros colegas Vereadores; minhas senhoras e meus senhores. Em tempos de paz, o advento de 19 de abril evoca a data maior em que a brasilidade reverencia, com orgulho, os feitos patrióticos do seu Exército Nacional, a ostentar o honroso galardão de jamais ter se envolvido em guerras de conquista. O núcleo das homenagens ora prestadas a essa valorosa instituição militar solidifica-se na heroica trajetória castrense de Luís Alves de Lima e Silva, o Duque de Caxias. Os méritos extraordinários desse imortal brasileiro sempre atinaram para a imperiosa necessidade de uma perene pacificação da vida nacional, através de paradigmas conciliatórios postos a serviço da autêntica integração social e política do homem brasileiro neste território exuberante e promissor. Nessa senda pacificadora, o Duque de Caxias liderou a destacada atuação militar na harmonização dos interesses gaúchos, incorporados aos pujantes ideários farroupilhas, Ver. Bernardino Vendruscolo, e por isso merece a gratidão e o respeito de todos os rio-grandenses.

O “Pacificador” soube equilibrar as vontades conflitivas, garantir a integridade do majestoso território nacional frente à colcha de retalhos em que foi fracionada a América Espanhola e, desse modo, assegurar o primado da soberania nacional. Enquanto ideia-força, a pacificação nas relações interpessoais e intergrupais que envolvem as plúrimas vertentes brasileiras goza de plena atualidade, porque se encontra presente nos cânones da segurança social, vicejante nos aglomerados urbanos dominados hoje, infelizmente, pelos tóxicos, pela violência e pela criminalidade.

A decisiva participação das Forças Armadas em meio às Unidades de Polícia Pacificadora do Rio de Janeiro consiste na prova contundente de que a vida em comunidade não pode prescindir da ordem, do pluralismo e, sobretudo, do respeito aos direitos fundamentais e alheios. Segundo Antoine de Saint-Exupéry: “A grandeza de uma profissão é talvez, antes de tudo, unir os homens: não há senão um luxo verdadeiro, e esse é o das relações humanas”. E, sabidamente, essa portentosa carga de humanismo está assentada no acatamento dos vetores que protagonizam as diferenças individuais. Assim, faz-se contemporâneo que o “marchar de passo trocado” já não é sólida garantia de passo errado a comprometer a cadência do batalhão, porque simplesmente aquele recruta poderá estar ouvindo o som de outros tambores. A pluralidade de ideias hoje está presente. A vocação tendente a garantir a pacificação da família brasileira está evidenciada pelas ações altaneiras do Exército Brasileiro, desenvolvidas em catástrofes climáticas, nas desgraças populacionais, nas tragédias ambientais, nos sinistros urbanos e rurais e nos acidentes gerados pelas forças da natureza, que esta Casa tem discutido tanto. Executando condutas filantrópicas, as verdadeiras ações de fraternidade e comportamento de solidariedade humana são protagonizadas, sim, pelo Exército Nacional, que vem minimizando os dolorosos sofrimentos daqueles que perderam tudo, emprestando seus melhores quadros para aplacar as desgraças vividas por essas populações afetadas.

Nesta idade eletrônica, o perene fortalecimento da noção de Pátria necessita despertar a juventude brasileira, tornando-se o desiderato angular da verdadeira formação nacional, libertada de tóxicos, de corrupção e de criminalidade. A integração da mocidade brasileira aos valores do estudo, do trabalho e da cidadania assinala no sentido de que o serviço militar obrigatório incorpore um contingente cada vez mais expressivo de jovens em todos os quadrantes da Nação. Evidentemente, todavia, o Exército Nacional somente terá condições de incorporar, adestrar e formar reservistas em número mais elevado à medida que o Governo da República der-se conta do sucateamento em que o Estado Federal mergulhou as Forças Armadas, destinando-lhe recursos humanos, logísticos, instrumentais, orçamentários e materiais, para que efetivamente a caserna possa cumprir suas missões institucionais.

Apesar da globalização, a Pátria de Caxias mantém acesas as chamas do patriotismo e do nacionalismo, jamais admitindo qualquer ultraje ao sacrossanto axioma da soberania nacional. Em verdade, nossa bússola nunca esteve orientada para Nova Iorque, nem para Pequim, tampouco para Moscou; a bússola verde-amarela sempre esteve, está e estará direcionada para Brasília, enquanto coração pulsante da República Federativa do Brasil e do seu povo brasileiro. Isso significa que o Brasil do século XXI não cede espaços a comportamentos de vinditas extravagantes, de concentrações de ódios manifestos, de ações politiqueiras revisionais ou, ainda, de aniquiladoras condutas revanchistas. O Brasil da modernidade assume uma postura hegemônica, voltada para o futuro da humanidade, e despreza quaisquer espécies de fobias esclerosadas de duvidosa procedência ética, plantadas num sepultado passado distante. Aliás, a ninguém deve ser dado o direito de, unilateralmente, exorcizar episódios que a própria nacionalidade já olvidou. A reabertura de feridas já cicatrizadas fatalmente trará angústia, temor e medo à brasilidade, na esteira da música “Regra Três”, dos festejados Toquinho e Vinicius de Moraes: “depois perdeu a esperança, porque o perdão também cansa de perdoar”.

Sonho pessoalmente com um Exército que possa cumprir seu preceito constitucional, e isso, certamente, não pode ser pensado só, porque, como diria Dom Helder Câmara, “um sonho sonhado só é só um sonho, mas um sonho sonhado juntos é o início da realidade”. Parabéns ao Exército Brasileiro!

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Prestigiam esta homenagem o Sr. Antonio Carlos Macedo Monró, Presidente do Conselho Deliberativo do Gboex; o Sr. Aristides Oliveira de Melo, Diretor-Presidente da Confiança Cia. de Seguros; o Sr. Tenente-Coronel Otávio Rodrigues de Miranda Filho, Comandante do 3º Batalhão de Polícia do Exército; o Sr. Tenente-Coronel Oswaldo Aparecida de Carvalho, representante do Hospital Militar de Porto Alegre; o Sr. Tenente-Coronel Edson Barbarioli Netto, representante da 1ª Divisão de Levantamento do Exército; o Sr. Tenente-Coronel Cássio Murilo Garcia Coutinho, representante da Base de Administração e Apoio da 3ª Região Militar; o Sr. Coronel Antônio Augusto Vianna de Souza, representante do Colégio Militar de Porto Alegre; o Sr. Tenente-Coronel Aluízio Pires Ribeiro Filho, representante do 3º Batalhão de Comunicações. A todos agradecemos a presença.

Por uma pequena aceleração, o cerimonial não teve tempo de me avisar que eu deveria chamar a execução do Hino Nacional pela Fanfarra do 3º Regimento de Cavalaria de Guarda, que será conduzida pelo Subtenente Carlos Alberto. Convido todos para ouvirmos, de pé, o Hino Nacional.

 

(O Hino Nacional é executado pela Fanfarra do 3º Regimento de Cavalaria de Guarda.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra em Comunicações, por cedência de tempo do Ver. Alceu Brasinha.

 

O SR. REGINALDO PUJOL: Srª Presidente, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores. (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) Eu me somo à homenagem prestada ao Exército Nacional pelo insigne Vereador que me antecedeu na tribuna, o Dr. Thiago Duarte, que num brilhante pronunciamento revelou não só o seu conhecimento sobre a importância do Exército como a necessidade do mesmo ser suportado, para que prossiga a cumprir as suas obrigações constitucionais. Eu não tenho dúvida nenhuma da relevância do Exército Nacional como símbolo da unidade nacional. Não fora o Exército Brasileiro, o nosso País não teria as dimensões que tem; tampouco esta tímida Federação, hoje existente, teria sequer sido cogitada. Essa circunstância coloca a todos nós, brasileiros, na condição de devedores do Exército - a simples circunstância de ele ser plenamente confundido com a própria unidade da Nação brasileira.

Por isso eu aproveito esta oportunidade singular, que foi a cedência de tempo do Ver. Alceu Brasinha, para, em nome dos Democratas, somar-me à homenagem do Ver. Dr. Thiago e acentuar, com todo vigor, o meu respeito e, sobretudo, a minha solidariedade ao glorioso Exército de Caxias, o qual eu tive a oportunidade de, no longínquo ano de 1956, no então núcleo da Divisão Aeroterrestre, no Batalhão Santos Dumont, no Rio de Janeiro, sentar praça e ser um dos tantos à disposição do Exército. Se isto um dia for necessário, espero que nunca o seja, eis que a vocação do Exército de Caxias, como bem acertou o Ver. Dr. Thiago, é voltado para a paz e não para a guerra... Então, por todas essas razões aproveito este ensejo para cumprimentar os dirigentes do Comando Militar do Sul aqui presentes e que representam a instituição neste momento, e peço-lhes que transfiram a todos os seus subordinados, a todos aqueles que compõem essa expressão do Exército Brasileiro, aqui no extremo meridional da Pátria, o nosso respeito, as nossas homenagens e a nossa convicção de que o Exército Brasileiro foi, é e sempre será o símbolo da unidade nacional. Muito obrigado.

(Não revisado pelo orador.)

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. João Carlos Nedel está com a palavra em Comunicações, por cedência de tempo do Ver. Aldacir José Oliboni.

 

O SR. JOÃO CARLOS NEDEL: Srª Presidente, Srs. Vereadores e Sras Vereadoras. (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes). Inicialmente, quero agradecer ao Ver. Aldacir José Oliboni a cessão do seu tempo, permitindo-me fazer esta homenagem ao Exército. Obrigado, Vereador. É com muita vibração cívica que hoje ocupo esta tribuna da Câmara Municipal de Porto Alegre para homenagear o Exército pelo seu dia, em nome da Bancada do Partido Progressista, composta pelo Ver. João Antonio Dib, nosso Líder; pelo Ver. Beto Moesch e por este Vereador.

O Dia do Exército é comemorado no Brasil há 363 anos, no dia 19 de abril, data que marca a vitória brasileira na 1ª Batalha de Guararapes, travada em Pernambuco, no ano de 1648. A épica vitória em Guararapes assinalou o berço de nossa força terrestre e da Nação brasileira. E, desde lá, têm sido muitas e memoráveis as páginas de coragem, de bravura e de competência escritas pelo Exército, que ali surgiu; é uma presença constante e necessária na formação histórica do nosso País. Alguns heróis escreveram seus nomes na história, porque se notabilizaram entre seus pares: Caxias, Sampaio, Osório, Mallet, Villagran Cabrita, Rondon, Bittencourt, Moniz de Aragão, Severiano da Fonseca e muitos outros. Mas quero aproveitar a oportunidade para hoje destacar a figura insigne do gaúcho Marechal Osório. Ao se fazer a análise das figuras de maior relevo na história da Pátria, desde o seu descobrimento, sobressai-se, sem qualquer dúvida, a legendária personalidade de Osório, exemplo de herói autêntico, cujos feitos, na guerra e na paz, são tão numerosos quanto gloriosos. Líder carismático, era comum encontrá-lo conversando nos acampamentos com seus subordinados, saudado efusivamente quando de sua chegada nos campos de batalha, ocasiões em que apeava do cavalo para cumprimentar a tropa. Osório é, sem dúvida, no Exército Brasileiro, um dos grandes exemplos de ser soldado para milhares de outros personagens, homens e mulheres que labutam no anonimato, discretos e silentes, dedicados integralmente ao serviço da Pátria, do soldado ao general, sem esperar recompensas e glórias, além do sentimento reconfortante do dever cumprido.

Pois assim são os integrantes do Exército Brasileiro. Exército que foi às Guerras do Prata e que lutou pela Independência; que uniu e pacificou com Caxias; que garantiu o Império e o êxito da Tríplice Aliança; que fez a República e lhe deu sustentação. Exército que combateu e derrotou ideologias extremadas na Europa e também em nossos próprios limites territoriais. Exército vitorioso que continua fiel representante da sociedade, que livremente escolheu o caminho da democracia e que, em cada momento de tensão, soube conquistar e garantir a paz, tornando-se sinônimo de incorruptível amor ao Brasil, sem fazer concessões e sem qualquer vinculação política.

Para a sorte do nosso País e orgulho de seu povo, o Exército nacional, sempre atento e vigilante, graças exatamente à observância dos seus princípios basilares e à seriedade e competência de sua hierarquia, tem-se fortalecido institucionalmente sem se deixar afetar por eventuais turbilhões políticos que, de tempos em tempos, têm comovido o País. O Exército Brasileiro tem braço forte, mão amiga e sempre está presente. No Exército Brasileiro nós podemos confiar, haja o que houver. Parabéns ao Exército Brasileiro por esta data. Que, com as bênçãos de Deus, o Exército se mantenha, como sempre, na vanguarda da defesa dos legítimos interesses nacionais, preservando a ordem e a soberania do Brasil. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Registro a presença do Coronel Uirassú Litwinski, representante do V Comando Aéreo Regional.

O Ver. Bernardino Vendruscolo está com a palavra em Comunicações.

 

O SR. BERNARDINO VENDRUSCOLO: Srª Presidente, Srs. Vereadores e Sras Vereadoras. (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) Inicio a minha fala cumprimentando todos os militares aqui presentes, de todas as patentes, em especial os componentes da Polícia do Exército, na qual tive o privilégio de ter servido por dois anos, em 1974 e 1975. O senhor, Coronel, foi comandante da minha companhia, da 2ª Companhia. Diga-se de passagem, perdoem-me, é a melhor Companhia, a histórica 6ª Companhia, que fez parte da 2ª Guerra Mundial. Pena que não há ninguém aqui da Cavalaria de São Borja. Há alguém da Cavalaria? Nossos cumprimentos aos cavalarianos!

Quando o Ver. Nedel se pronunciou aqui, eu imaginei que ele pudesse citar uma frase de Osório, ele esqueceu, mas ele sabe: “É fácil a missão de comandar homens livres: basta mostrar-lhes o caminho do dever". É do General Osório, que tinha o pai militar. Nós, Coronel Marcelo Cantagalo, tivemos que estudar um pouco mais, porque fomos os proponentes da homenagem feita aqui pelos 200 anos de Osório. E, nas pesquisas, descobrimos que o Marechal Osório, no início da Revolução Farroupilha, esteve do lado dos Republicanos, e seu pai, logo que soube, militar que era, mandou um aviso: “Esteja pronto, porque estaremos em campos opostos, meu filho”. Bonito isso, não é?

Aqui no Sul, General Cherem, temos o privilégio de dizer que nasceram grandes comandantes, grandes presidentes. Há algum tempo, eu tinha um assessor - ele acabou saindo do Gabinete, retornou ao Banrisul - que, toda vez que eu subia a esta tribuna, dizia que eu ia perder voto, porque eu falo o que vem na cabeça! Mas é um sentimento, Ver. Pujol. Agora, há poucos dias, eu estava lendo... Por que eu faço esta leitura? Porque eu acho que nós, Vereadores, representamos o povo lá na rua. Cada um de nós traz, com certeza absoluta, a representação de uma célula da sociedade. E não podemos perder a oportunidade, nesta tribuna, de dizer aquilo que muitos cidadãos não têm condições de dizer, ou porque eles não têm este palco para dizer. É um apelo que faço para que, em nome, em respeito dos jovens, possamos defender a verdade.

E eu não estou aqui defendendo nenhum golpe, não, não. Mas dizer a verdade, Ver. João Antonio Dib, porque não dá para aguentar mais... A impressão que dá, para quem chega de fora, é de que, num determinado momento da vida, os militares caíram de paraquedas aqui no Brasil e tomaram o poder. Eu guardei esta leitura, porque a gente tem que ler, eles não fazem muita publicidade (Lê.): “Cerca de 150 mil pessoas, no Rio de Janeiro, eletrizadas, acompanharam o discurso do Presidente João Goulart na Central do Brasil. A pauta era a chamada Reformas de Base, incentivada por sindicatos e movimentos políticos de esquerda e de centro-esquerda” - cento e cinquenta mil pessoas. No mesmo artigo (Lê.): “A Marcha da Família com Deus pela Liberdade, realizada no dia 19, em São Paulo, foi a resposta dos grupos de direita” - quatrocentas mil pessoas.

General, eu sei que é um atrevimento da minha parte, eu sei que as Forças Armadas têm hierarquia, mas alguém tem que dizer para os nossos jovens, contar um pouco do outro lado também. Eu aqui não estou pregando, em absoluto, ou defendendo golpe, militarismo. Não! Cada um no seu lugar, mas precisamos dizer a verdade. Não dá para ficarmos ouvindo diuturnamente alguma coisa que não reflete a realidade - que não reflete a realidade! Por isso eu lhe faço um apelo: que possamos melhor preparar os nossos jovens; contar, efetivamente, o que houve. Não dá para dizer... Gente, eu saí lá Interior; se saísse um pouco antes, eu teria sido um soldado, um jovem, buscado na colônia, para combater no Araguaia. Combater quem? Quem pregava a subversão, quem estava armado. E eu, se tivesse feito isso, estaria fazendo o quê? Cumprindo um dever da Pátria. A ninguém era dado o direito de dizer: “Eu não quero servir”. Isso era crime também. Obrigado, Presidente, pela compreensão.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Convido para fazer o uso da palavra o Excelentíssimo Sr. Comandante do Comando Militar do Sul, General do Exército, o Sr. Túlio Cherem.

 

O SR. TÚLIO CHEREM: Excelentíssima Srª Presidente da Câmara Municipal, Verª Sofia Cavedon; membros da Mesa já citados anteriormente; Srs. Vereadores, membros desta Casa; autoridades civis, militares, eclesiásticas, senhoras e senhores, inicialmente, em nome do Exército Brasileiro, que represento aqui, dos Estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, particularmente da nossa Porto Alegre, quero agradecer esta homenagem e render a nossa homenagem ao nobre Ver. Dr. Thiago, pela proposição em homenagem à nossa Instituição.

Comungo com as palavras dos nobres Vereadores que nos antecederam, ressaltando aspectos históricos, aspectos característicos da nossa Instituição. Gostaria de frisar um lema do Exército Brasileiro, dito por um dos nobres Vereadores: “Braço forte e mão amiga”. O braço forte é o nosso lado da atividade operacional, da atividade fim, é o nosso preparo para cumprirmos a nossa missão constitucional, de defesa deste País, de defesa das nossas instituições, de defesa da nossa democracia, da nossa soberania. Estamos preparados, apesar - como foi citado - dos parcos recursos destinados à defesa da Pátria. Mas tenho certeza de que, com dedicação e responsabilidade, estamos preparados. A nossa mão amiga - já foram citadas aqui algumas atividades, que nós chamamos de atividades subsidiárias - dá-nos a certeza de que contribuímos para esta Nação, são trabalhos que efetivamente, Ver. Bernardino - nessa sua preocupação de muitas vezes vermos o nome da Instituição vilipendiado -, nos dão os maiores índices de credibilidade em todas as pesquisas que são realizadas no Brasil. Nas últimas, por exemplo, o índice de credibilidade das Forças Armadas, em particular do Exército, só perde para a Igreja. Então, não precisamos alardear o nosso trabalho silente, responsável, somos cônscios da nossa missão. Temos a certeza de que o Exército Brasileiro é um vetor de integração nacional, seja o soldado de Jaguarão, defendendo a nossa fronteira Sul, seja o médico em Boa Vista, assistindo àquela população carente - muitas vezes, nos nossos pelotões de fronteira, na nossa Amazônia, é o único órgão do Estado presente, e os nossos irmãos, tão carentes naquela área, são assistidos pelo Exército Brasileiro.

Eu não estou aqui para fazer propaganda da Instituição, não é da nossa índole, apenas estou fazendo registros, citados pelos nobres Vereadores que nos antecederam, caracterizando este nosso dístico, que representa muito para nós: “Braço forte e mão amiga”! Não vou me alongar. Quero, mais uma vez, agradecer as homenagens e ressaltar que consideramos cidadãos fardados todos estes soldados que estão aqui. Se buscarem a origem de todos os companheiros, de todos os membros do Exército Brasileiro, encontraremos cidadãos de todos os matizes sociais, religiosos, étnicos; o Exército Brasileiro é fruto dessa sociedade. Eu gostaria que ninguém se esquecesse deste aspecto: o soldado é fruto da nossa sociedade, é o cidadão fardado. E é dessa maneira que nós procuramos cumprir com as nossas obrigações, com responsabilidade, sabedores exatamente da nossa missão. Muitas vezes, incompreensões existem, mas somos altruístas o suficiente para saber que vivemos numa democracia e que todas as opiniões, enfim, tudo é válido e importante para o nosso aperfeiçoamento como cidadãos.

Temos a certeza de que o serviço militar também é um importante vetor de cidadania, porque recebemos um jovem com 18 anos que, muitas vezes, não sabe nem cantar o Hino Nacional; muitas vezes, não tem as menores noções de civismo. E temos a certeza de que, nos quartéis, nós transmitimos a esse jovem essas noções, e, após o serviço militar, eles retornam à sua vida normal cidadãos mais preparados, com mais princípios de cidadania. Sabemos dessa responsabilidade.

Nobre Presidente desta Casa, Srs. Vereadores, mais uma vez, em nome do Exército Brasileiro, em particular do Comando Militar do Sul, queremos agradecer esta homenagem, que muito nos sensibiliza e demonstra a perfeita integração dos militares com a sociedade civil, com as nossas instituições civis. Muito obrigado. (Palmas.)

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Nós agradecemos a presença de tão importantes autoridades militares e de todos os presentes num ato que, no nosso entendimento, é um reforço da representação política e democrática do Parlamento, significando a união pela democracia, por um País soberano, por um País de liberdade.

Convidamos todos os presentes para, em pé, ouvirmos o Hino Rio-Grandense e o Hino do Exército, que serão executados pela Fanfarra do 3º Regimento de Cavalaria de Guarda, conduzida pelo Subtenente Carlos Alberto.

 

(O Hino Rio-Grandense e o Hino do Exército são executados pela Fanfarra do 3º Regimento de Cavalaria de Guarda.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Agradecemos a presença de todos.

Estão suspensos os trabalhos para as despedidas.

 

(Suspendem-se os trabalhos às 15h30min.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon – às 15h33min): Estão reabertos os trabalhos.

O Ver. Adeli Sell está com a palavra em Comunicações.

 

O SR. ADELI SELL: Srª Presidente, Verª Sofia Cevedon; Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, eu quero tratar de alguns problemas graves que estão ocorrendo. Há momentos em que nós temos que falar de verdadeiras reformas de base, porque é isso que está faltando em Porto Alegre. Nós estamos vendo que, a cada dia que passa, aumentam os alagamentos, e nada é feito para desobstruir os bueiros, as bocas de lobo. Nada, absolutamente nada! Muito pelo contrário, como o lixo não é recolhido devidamente, nós temos, cada vez mais, bocas de lobo e bueiros entupidos.

Neste momento, está na minha sala, aqui ao lado, uma pessoa cujo problema eu já encaminhei duas vezes ao órgão responsável. No bairro Medianeira, por culpa da Prefeitura, por falta de uma política na área do esgoto, tanto esgoto pluvial quanto cloacal, as pessoas têm suas casas destruídas, seus móveis danificados, e nada é feito. É preciso fazer uma verdadeira revolução nos serviços públicos da cidade de Porto Alegre. Há um desdém, há um descaso, há um abandono, mas não faltam gastos enormes. Enormes! São pinçados 14 milhões de reais para gastos em publicidade, quando, regra geral, esse gasto nas outras administrações não passava de 6,5 milhões de reais por ano, ou seja, gasta-se mais do que o dobro em publicidade. Pirotecnia é o que nunca falta. Conversa, conversa e conversa, mas atos concretos, gestão eficiente, planejamento estratégico, gestão estratégica, essas são algumas das concepções que não se conhece na Administração de Porto Alegre, Ver. João Dib, ou V. Exª acha justo que, por qualquer chuvinha que caia em Porto Alegre, as pessoas tenham o esgoto entrando nas suas casas?

Ver. Mauro Pinheiro, V. Exª conhece bem a Vila Safira, recebi também um telefonema de lá: novamente, na última chuvarada que ocorreu, várias casas ficaram alagadas! Eu estive lá! Deixei um vídeo na mão do DEP para tratar dessa questão, e o que foi feito? Nada, absolutamente nada! E não estou aqui só para criticar a gestão municipal! Eu estou aqui também para cobrar, como nós faremos quarta-feira - o Ver. Ferronato acabou de acertar conosco. Eu quero cobrar da Infraero, por exemplo, a escuridão no entorno do Aeroporto, eu quero cobrar da Infraero a falta de sinalização, eu quero cobrar da Infraero a bagunça, quando chegam dois ou três aviões juntos, pois ninguém acha uma mala nas esteiras do Aeroporto.

Portanto, eu não estou aqui apenas fazendo uma crítica à Administração Pública de Porto Alegre; faço uma crítica aos tipos de administração, ao desdém que existe, e não peçam para eu ser compadre desse ou daquele, porque o povo de Porto Alegre nos paga para defendermos os seus interesses, para que a pessoa possa acordar de manhã cedo tranquila, com chuva ou com sol, sair à rua sem ter que enfrentar barro, sem ter que enfrentar uma rua esburacada ou ficar esperando em uma parada de ônibus que não existe, que não tem teto - há quatro anos não se vê uma licitação para fazer o mobiliário urbano de Porto Alegre. Não bastasse o povo ficar ao léu e à chuva pela falta de uma parada de ônibus, o ônibus não chega, não vem, ou vem com atraso e, quando vem, vem lotado, com as pessoas espremidas dentro dos coletivos da cidade de Porto Alegre.

Por isso quero dizer que temos que fazer uma revolução de base, temos que fazer reformas profundas no jeito de administrar esta Cidade. Nós não podemos continuar com esse jeito, em que as coisas não acontecem, e tudo fica igual! Não há cobrança! Não há prazos! Olhem os Pedidos de Providências que a gente faz aqui nesta Casa: eles respondem com meses e meses de atraso, quando respondem! Assim, minhas senhoras e meus senhores, eu estou aqui para fazer essas exigências, porque tomaremos as medidas cabíveis. Toda casa que for danificada, todos os móveis que forem estragados por causa dos alagamentos, do desdém da Prefeitura, nós ingressaremos na Justiça para o pagamento de dano. As pessoas não podem perder seus bens, adquiridos com tanto sacrifício. Por isso eu espero que a base do Governo responda essas questões, porque muitos Pedidos de Providências, muitos PIs, não são respondidos ou, quando são, não estão à altura da verdade. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Hoje temos o comparecimento do Padre José Laureano de Souza, da Paróquia São José do Murialdo, que abordará o assunto Via-Sacra ao Morro da Cruz na Sexta-Feira Santa. Esta é uma semana muito especial; és muito bem-vindo a esta Casa.

O Sr. José Antonio Laureano de Souza está com a palavra.

 

O SR. ANTONIO JOSÉ LAUREANO DE SOUZA: Ilustríssima Srª Presidente da Câmara Municipal de Porto Alegre, Verª Sofia Cavedon; membros desta distinta Casa, é uma honra imensa estar aqui para falar de um evento que já é tradicional na cidade de Porto Alegre: a já consagrada Procissão da Paixão ao Morro da Cruz. Nesta semana, em que nós, cristãos, voltamos o nosso pensamento e a nossa atenção à cruz de Cristo, temos a honra de fazer a distinção dessa grandiosa festa. Trata-se de um evento através do qual a cidade de Porto Alegre é anualmente conhecida, pois a já tradicional Procissão está em foco em todas as redes de televisão do nosso País. Faço um adendo: quando eu estava em Belém do Pará, minha cidade natal, já conhecia Porto Alegre pela Procissão, que era divulgada em nível nacional. É um evento cultural que atrai não apenas cristãos católicos, mas pessoas de todos os credos, pelo fato de envolver aquilo que nós acreditamos que está faltando em nosso mundo: o amor! E é justamente essa histórica Procissão, que acontece na nossa Cidade, que hoje queremos que seja considerada por todos como um marco cultural e religioso de Porto Alegre.

Temos como objetivo principal fazer com que o nosso povo carente da comunidade do Morro da Cruz seja visto por todos aqueles que para lá se dirigem, pois é justamente esse mesmo povo que protagoniza tão belo evento. No alto do Morro, que vigia toda a cidade de Porto Alegre, é erguida a cruz, que nos recorda a primeira procissão acontecida na Sexta-feira Santa de 1960. Levemos em consideração não apenas o fato cultural, não apenas o fato religioso, mas, acima de tudo, o fator humano que envolve toda a preparação da tão grandiosa festa. Fazemos aqui o convite aos distintos Vereadores, em nome da Paróquia São José do Murialdo e em nome de todos aqueles que organizam a Procissão ao Morro do Cruz, para que se façam presentes a esse nosso grandioso evento cultural da cidade de Porto Alegre na Sexta-Feira Santa.

Deixo ainda meus agradecimentos ao nosso amigo Ver. Aldacir Oliboni, pelo convite que me possibilitou hoje estar aqui falando com esta distinta Casa. Deixo ainda meus agradecimentos a todos vocês. (Palmas)

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Obrigada, Padre Antônio José Laureano de Souza - por favor, sente-se aqui, componha a Mesa conosco -, que falou sobre a Procissão ao Morro da Cruz na Semana Santa. Eu nunca pude estar presente, porque a nossa família tem uma cultura de se reunir na Páscoa, mas a cidade de Porto Alegre já tem essa Procissão como um forte momento, e está para além da Cidade.

O Ver. Aldacir José Oliboni, que é protagonista desse evento há muitos anos, o que muito nos honra, está com a palavra.

 

O SR. ALDACIR JOSÉ OLIBONI: Obrigado, nobre Presidente, Verª Sofia Cavedon. Saudamos a vinda do Padre Antônio, que traz um pequeno relato da história da encenação da Via-Sacra ao Morro da Cruz, que é mais um dos momentos para uma grande reflexão do cidadão, do ser humano. Nesse evento, através do teatro, nós fazemos um resgate bíblico.

A peça dura em torno de duas horas, há esse resgate histórico e cultural para as pessoas. Porto Alegre tem a alegria de oportunizar - como órgão público municipal, que é a Prefeitura, a Secretaria da Cultura - este evento, que hoje faz parte do Calendário Oficial de Eventos da Cidade. Todas as autoridades e todos os Vereadores estão convidados, assim como a população de Porto Alegre; cremos que será um momento para reflexão e - por que não? - conversão do ser humano, não só por ser Páscoa. Muito obrigado pela sua presença, Padre Antônio, que Deus o abençoe! Será um grande evento nesse dia.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Dr. Thiago Duarte está com a palavra.

 

O SR. DR. THIAGO DUARTE: Verª Sofia Cavedon, Padre Antônio, eu venho aqui, em nome da minha Bancada - Ver. Luciano Marcantônio, Ver. Mauro Zacher, Ver. Mario Fraga e Ver. Tarciso Flecha Negra -, convocar, acho que essa é a palavra, a comunidade porto-alegrense para participar dessa celebração. Essa época, como falou bem o Padre e reprisou o Ver. Oliboni, é de profunda reflexão, e devemos fazer isso na Sexta-Feira Santa, no Sábado de Aleluia, culminando com novos ares no Domingo de Páscoa, o dia da ressurreição. Então vou fazer de tudo para estar presente, exatamente para poder estar junto da comunidade de Porto Alegre fazendo essa profunda reflexão. Parabéns, Padre.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Dr. Raul Torelly está com a palavra.

 

O SR. DR. RAUL TORELLY: Em nome da nossa Bancada, a do PMDB, quero saudar o Padre Antônio e todos os paroquianos da Paróquia São José do Murialdo. Eu tenho a satisfação de trabalhar como médico no bairro Partenon já há alguns anos, e a gente sabe bem o que esse evento representa, é um momento importante de fé não só para o bairro Partenon, mas para toda a cidade de Porto Alegre, um evento que retumba por todo o País. Nós, que temos essa visão cristã, essa visão católica, acreditamos que é um momento que não pode nunca ser deixado para um segundo plano, ele deve ser estimulado, valorizado. Inclusive, ressalto a participação há muitos anos do nosso colega Ver. Oliboni. Eu queria dizer que realmente a fé é que nos move, portanto devemos incentivá-la, devemos todos estar juntos por mais um ano na ressurreição de Cristo, na Páscoa.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Ver. Oliboni, temos um cartaz da Via-Sacra ao Morro da Cruz, vamos mostrá-lo. (Mostra cartaz.) A Via-Sacra - eu conheço a Diretora, a Adriane Azevedo, o França, artistas que participam desse evento - é uma atividade, um momento cultural muito forte da cidade de Porto Alegre. Não é só um momento religioso, é também um momento de recuperação histórica e de vivência cultural da comunidade, uma comunidade tão necessitada, tão carente e tão guerreira. Eu quero registrar aqui, Padre Antônio, que o papel da Paróquia São José do Murialdo vai muito além da celebração religiosa que promove; a Paróquia, de fato, transforma a fé em obras, conhecemos a extensão do atendimento social, cultural e educacional da Paróquia São José do Murialdo. Queremos parabenizá-lo. Que a Via-Sacra, que essa festa, que essa celebração tenha muito sucesso, Ver. Oliboni, que seja de muita religiosidade, mas também de muito congraçamento comunitário! Parabéns pelo trabalho ano após ano que vocês realizam no bairro Partenon. Obrigada pela presença.

Estão suspensos os trabalhos para as despedidas.

 

(Suspendem-se os trabalhos às 15h50min.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon – às 15h51min): Estão reabertos os trabalhos.

 

O SR. CARLOS TODESCHINI: Srª Presidente, solicito verificação de quórum.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Solicito abertura do painel eletrônico para verificação de quórum, solicitada pelo Ver. Carlos Todeschini. (Pausa.) (Após o fechamento do painel eletrônico.) Há quatorze Vereadores presentes, damos continuidade ao período de Comunicações.

O Ver. Airto Ferronato está com a palavra em Comunicações. (Pausa.) Desiste.

O Ver. João Antonio Dib está com a palavra em Comunicações, por cedência de tempo do Ver. Beto Moesch.

 

O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Srª Presidente, Verª Sofia Cavedon; Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, meus senhores e minhas senhoras, a quinta-feira que passou foi destinada, praticamente, para as pessoas falarem mal do transporte coletivo de Porto Alegre. Mas será que as pessoas que falaram sobre transporte coletivo conhecem o assunto? Eu tenho todas as dúvidas deste mundo! De tudo aquilo que falaram, eu não ouvi ninguém dizer que hoje nós transportamos menos passageiros, com maior número de ônibus do que em 1978, quando saí da Secretaria Municipal de Transportes para ir para a SMOV. Hoje Porto Alegre tem 1.657 ônibus, em excelentes condições, uma grande parte deles tem ar-condicionado, uma boa parte, mais do que prevê a lei, apresenta acessibilidade a cadeirantes. Fazem, diariamente, 23.500 viagens redondas, ou seja, ida e volta, e transportam, em média, 1.060.000 passageiros, o que vale dizer que, em cada viagem, transportam 45 passageiros.

Agora, Vereadores dedicarem-se a falar daquela hora em que a movimentação de trabalhadores é intensa, na primeira hora da manhã e no fim da tarde... Eu não ouvi nenhum orador, daqueles tantos que falaram, inclusive daquele que apresentou um trabalho sobre sistema viário e sobre a mobilidade urbana, falar em pesquisa de origem/destino; eu não ouvi. Nenhum deles falou sobre origem/destino; nenhum falou em terminal intermediário em determinados horários; só falaram que se tem que botar mais ônibus. Olhando agora na Av. Loureiro da Silva quantos ônibus da Companhia Carris Porto-Alegrense estão parados, dá para dizer que não se pode, pura e simplesmente, colocar mais ônibus, mas poderiam ser feitos, em determinados horários - depois de uma pesquisa de origem/destino -, terminais intermediários: que da Zona Sul terminasse na Av. da Azenha, e da Azenha voltasse, porque mais de 70% dos passageiros descem até ali. Então, algumas viagens seriam até a Av. da Azenha; outras partiriam da Av. Juca Batista ou de qualquer outra parte em que os passageiros estão concentrados, e, naqueles horários, os ônibus passam com muitos passageiros. Não é, pura e simplesmente, acrescentando mais ônibus à frota da Cidade que vamos resolver o problema, porque, evidentemente, tudo é decidido por transporte, passageiro, quilômetro.

Eu também não vi ninguém falar que conhecia o Projeto Transcol, que tentamos implantar na Administração do grande Prefeito Guilherme Socias Villela, assim como implantamos as linhas transversais. Tentamos implantar o Projeto Transcol, implantamos alguma coisa quando fui Prefeito, mas, depois que eu saí da Prefeitura, voltou-se à estaca zero, esqueceram que existe o Projeto Transcol. Eu acho que talvez fosse oportuno que a Secretaria de Mobilidade Urbana ou a EPTC buscasse, nos seus arquivos, o Projeto Transcol, para o qual os corredores foram feitos, e, quem sabe, teríamos um transporte melhor na cidade de Porto Alegre sem ter que aumentar a frota, que, aliás, eu acho que é bastante elevada. E eu digo que, em 1977, nós tínhamos cerca de 1.450 ônibus. Agora, há 200 ônibus a mais, e transportamos menos passageiros que transportávamos em 1977. Saúde e PAZ!

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Passamos ao

 

GRANDE EXPEDIENTE

 

O Ver. Alceu Brasinha está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. ALCEU BRASINHA: Srª Presidente, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, meus queridos amigos. Ver. Mario Fraga, eu e o Ver. Reginaldo Pujol fomos, com a Delegação do Grêmio, à Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia. Lá chegando, eu comecei a pensar e a ter saudades de Porto Alegre, do transporte de Porto Alegre, das ruas de Porto Alegre, do que acontece em Porto Alegre. Ver. Toni Proença, lá o táxi não tem retrovisor, não tem para-brisa, não funciona, tem um ferro para se segurar. E quero trazer um detalhe: aí é que a gente vê que o meio de transporte aqui de Porto Alegre é bom demais, e outras pessoas dizem que Porto Alegre não tem um meio de transporte bom! É bom demais, Ver. Mauro Pinheiro; aqui a sinalização funciona, aqui o Secretário do Trânsito funciona, aqui a Secretaria funciona.

Quando a gente vai a uma cidade que é melhor do que Porto Alegre, a gente acha bonito, mas, se alguém quiser fazer uma experiência, vá para lá, para ver o que é o transporte caótico de Santa Cruz de la Sierra. É um verdadeiro caos o trânsito! Não respeitam sinaleiras, quem pode mais é que anda no trânsito. Aí é que eu vejo como é bom Porto Alegre, como é bom ser daqui de Porto Alegre, Ver. Cecchim. Aqui funciona, aqui anda, aqui tem gente pensando 24 horas por dia para fazer Porto Alegre melhorar mais. Isso só me dá alegria e satisfação. Ver. Dib, quando vão para uma cidade turística que tem padrões mais bonitos, aí os caras acham que Porto Alegre não presta! Em Porto Alegre, é bom. Esses empresários de ônibus deveriam ganhar um prêmio, sabe por que, Ver. Dib? Porque eles mantêm um transporte adequado e de qualidade para qualquer pessoa em Porto Alegre. Isso, sim, é muito importante.

Realmente, eu fiquei impressionado quando o Ver. Reginaldo Pujol entrou no táxi e não tinha como fechar a porta, Ver. Cecchim, porque a porta não funcionava! O Ver. Reginaldo Pujol agarrou um ferro, ia segurando-se; isso numa cidade que tem o Presidente que mais briga! Das coisas boas aqui, os caras sabem falar mal, só sabem malhar.

Enfim, estou muito feliz em ser de Porto Alegre e quero continuar sempre sendo porto-alegrense, buscando mais alternativas para aquele cidadão que mais precisa, aquele cidadão que precisa mesmo. Aquele cidadão que pega um ônibus que passa na frente da sua casa às 5h, às 6h, ele senta confortavelmente e pega um ônibus de qualidade, limpo, cheiroso. Isso acontece aqui em Porto Alegre. Antes diziam que Curitiba era a melhor cidade em termos de ônibus, mas acho que não, acho que Porto Alegre está melhor, Porto Alegre avança. Quero dar os parabéns para esses empresários que têm as concessões de ônibus.

Um dia, quero levar o Todeschini lá em Santa Cruz de la Sierra e fazê-lo andar de táxi, para ver o quanto é ruim. Lá é muito ruim! Mas aqui nós temos gente competente, Prefeito que quer trabalhar, Prefeito que vem trabalhando, e certamente ele vai botar o trem a andar, vai fazer esta Cidade avançar cada vez mais, e a Copa de 2014 será a melhor copa do mundo já vista, porque será também em Porto Alegre, onde há meios de transporte, há cidadãos responsáveis e Governador responsável também.

Seja bem-vindo ao Plenário, Ver. Reginaldo Pujol. Eu estava falando do meio de transporte lá da Bolívia. O senhor, ao pegar um táxi, quase caiu fora do carro, porque tinha que segurar a porta. Imaginem se acontece algum problema lá em Santa Cruz de la Sierra com o Ver. Reginaldo Pujol!

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Idenir Cecchim está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. IDENIR CECCHIM: Srª Presidente, Verª Sofia Cavedon; Srs. Vereadores e Sras Vereadoras, fico feliz ao ver o Ver. Alceu Brasinha internacional. Ele começou a fazer essas excursões no Rio Grande, depois no Brasil. Agora, ele esteve na Bolívia. Espero que V. Exª vá a Tóquio no fim do ano, para ver como funciona o sistema de metrô e o sistema de táxi de lá. O Ver. Reginaldo Pujol terá a oportunidade de andar de táxi. Aliás, o Ver. Reginaldo Pujol está acostumado a andar em Londres, em Rolls-Royce, e foi para Santa Cruz fazer um comparativo para ver como está andando o Evo Morales, que é muito bem apoiado pelo Governo brasileiro, não é, Ver. Reginaldo? O senhor deverá ter muitos depoimentos para dar.

Eu quis ocupar esta tribuna em Comunicação de Líder para fazer uma homenagem à fiscalização da SMIC; tanto à fiscalização de ambulantes quanto à fiscalização de comércios e estabelecimentos localizados. A fiscalização ficou, um bom tempo, sem a cobertura da Brigada Militar, porque o convênio não foi renovado, mas, na semana passada, o Prefeito Fortunati anunciou a renovação desse convênio, o que quero saudar. Saúdo o Prefeito pela intervenção, junto com o Chefe da Casa Civil, com a Brigada, com a Secretaria de Segurança, que dará dar mais segurança e condições de trabalho para a fiscalização da SMIC, que, mesmo sem ter a Brigada junto, pelo convênio, não deixou, um minuto, um dia, de fazer o seu trabalho de fiscalização. Todo fiscal e toda chefia dedicaram-se, durante esse tempo todo, a fazer o trabalho com um esforço a mais, dando algo a mais, como sempre fizeram!

A fiscalização dos ambulantes, que ajudou a organizar o Centro de Porto Alegre, continua firme no seu trabalho. A fiscalização localizada, que fiscaliza muitos estabelecimentos na Cidade, também não deixou de fazer o seu trabalho, indo atender às denúncias e fazendo aquilo que tem que fazer no seu trabalho do dia a dia: cuidar para que o funcionamento dos estabelecimentos seja regular, que atenda às exigências do Município, sem tropelias, sem fazer nada de forma truculenta, com firmeza, com organização. A fiscalização da SMIC manteve o padrão nesse tempo que ficou sem a cobertura da Brigada Militar, porque o convênio já havia vencido e demorou um pouco para ser renovado.

Certamente, nós teremos o Centro novamente bem cuidado. Vamos continuar fiscalizando os estabelecimentos que teimam em trabalhar irregularmente, multando-os, quando for possível. A chefia da Secretaria, a chefia da fiscalização localizada, faz um trabalho fantástico de conscientização, no sentido de orientar aquele estabelecimento que não está regular, notificando, orientando e depois cobrando. Acho que estamos muito bem servidos de fiscais, embora sejam em pouco número. A SMIC precisa de mais fiscalização. Os fiscais da SMIC merecem receber um tratamento diferenciado, merecem, de uma vez por todas, ver atendida aquela antiga reivindicação de receber um percentual de periculosidade. Estão recebendo apenas 30%. Eles correm risco de vida, sim, senhores, a todo o momento; tanto a fiscalização dos ambulantes quanto da localizada, porque eles precisam fiscalizar, muitas vezes, estabelecimentos em ruas afastadas, que têm muitos problemas e muitos riscos. Pelo trabalho que estão fazendo e que fizeram sem o convênio, eu quis fazer esta homenagem para cada um dos fiscais da SMIC, eles se portam como verdadeiros servidores da cidade de Porto Alegre. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. João Antonio Dib está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Srª Presidente, Verª Sofia Cavedon; Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, meus senhores e minhas senhoras, amanhã, 19 de abril, o nosso querido Pronto Socorro completa 67 anos. O projeto do Pronto Socorro foi feito pelo mais extraordinário dos Prefeitos que esta Cidade teve. No meu entendimento, a cidade de Porto Alegre teve três grandes Prefeitos, e o maior de todos, o exemplo de todos, foi José Loureiro da Silva. O segundo e o terceiro, Telmo Thompson Flores e Guilherme Socias Villela, ficam na mesma posição, e Loureiro da Silva está em primeiro lugar.

Quando assumiu a Prefeitura de Porto Alegre, Loureiro da Silva - eu não sei exatamente o nome, não era Hospital de Pronto Socorro - entendeu de fazer um projeto, escolhendo o local, o melhor local, segundo os estudiosos da época, que seria onde está hoje o Pronto Socorro. Loureiro iniciou a sua construção, mas saiu um pouco antes da entrega do Hospital à população porto-alegrense. Uns meses antes, ele deixou a Prefeitura, mas foram feitos o projeto e a obra, quase toda, durante o seu período. Aquele Hospital foi projetado, na época, para oito pavimentos, tem fundações para oito pavimentos, mas Loureiro mandou construir apenas três, porque era suficiente, com 150 leitos para toda a Porto Alegre e para aqueles que chegavam a Porto Alegre da Região Metropolitana, hoje chegam pessoas até de mais longe, principalmente para a área de queimados, no qual o Pronto Socorro de Porto Alegre é, talvez, o primeiro do Brasil, tem melhores condições do que todos os outros. E Telmo Thompson Flores, quando Prefeito, construiu mais um andar, por isso hoje nós temos quatro pavimentos no Pronto Socorro.

Há mais de uma década eu venho pedindo a todos os Secretários de Saúde, aos Diretores do Pronto Socorro que façam uma homenagem a duas figuras extraordinárias que por lá passaram, médicos que marcaram profundamente, com o seu trabalho, a sua passagem pelo nosocômio do Município. E não fui eu que tive a ideia, devo dizer; eu apenas recebi a solicitação de médicos, que ainda estão vivos e que esperam ver essa homenagem cumprida. Que o Dr. Luiz Carlos Ely, que foi Diretor do Pronto Socorro, tivesse o seu nome numa das salas do auditório médico que há lá no Pronto Socorro; que fosse lembrado o nome de Luiz Carlos Ely, uma figura extraordinária que dirigiu com muito acerto o Hospital de Pronto Socorro. E outros também querem que seja homenageado o Dr. Sérgio Cattani Curtis, que, em matéria de traumatologia, foi o número um. Então a sala de traumatologia deveria levar o nome dele. Agora, eu devo dizer, a bem da verdade, que, quando pediram essa homenagem ao Dr. Curtis, ele ainda estava vivo - faz anos que ele faleceu, e nenhum dos dois foi homenageado até agora. Eu vou continuar pedindo essa homenagem em nome dos médicos que se preocupam com aqueles que foram seus colegas de trabalho. Alguns deles já têm mais de 80 anos, estão esperando ainda ver essas duas homenagens serem realizadas no Pronto Socorro, obra de José Loureiro da Silva que amanhã completa 67 anos.

É um Hospital a que todos nós podemos recorrer com tranquilidade, e eu ensinei aos meus filhos e aos meus amigos: quando tiverem um problema de acidente, levem para o Pronto Socorro. Eu estou sentado aqui, falando neste momento, porque, quando fui baleado, levaram-me imediatamente para o Pronto Socorro. Se tivessem me levado para o melhor dos hospitais da Cidade, podem ter certeza de que eu não estaria aqui, a minha medula teria sido seccionada, mas no Pronto Socorro tinha atendimento 24 horas, e continua sendo assim, e continua merecendo o cuidado de todos nós, porto-alegrenses. Portanto, fica a nossa homenagem a todos aqueles que fazem do Pronto Socorro o grande Hospital. O Professor Logue, que me atendeu na Inglaterra, veio aqui visitar o Pronto Socorro e disse que igual ao Pronto Socorro ele ainda não tinha visto no mundo. Saúde e PAZ!

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Ver. João Antonio Dib, eu faço minhas as suas palavras, lembrando, no entanto, que infelizmente hoje o Pronto Socorro é um grande hospital geral; existem alas inteiras de internados, inclusive de seis meses. Ele deixou de poder atender apenas a emergência. Este é um alerta e um pedido de ajuda que a Direção e os funcionários do Pronto Socorro têm feito, para nós não perdermos a excelência desse Hospital, que salva vidas, sem dúvida nenhuma.

O Ver. Mauro Pinheiro está com a palavra em Grande Expediente.

 

O SR. MAURO PINHEIRO: Presidente Sofia, demais Vereadoras e Vereadores, público do Canal 16, público das galerias; Ver. Luiz Braz, nosso Presidente da CPI; eu vou aproveitar este Grande Expediente, Vereador, para tentar fazer, nos 15 minutos, um pequeno balanço da nossa CPI do ProJovem, do trabalho que estamos executando desde o dia 03 de fevereiro, sob a presidência do Ver. Luiz, da relatoria do Ver. Pujol, contando com a presença dos demais Vereadores integrantes da nossa Comissão Parlamentar de Inquérito.

A CPI da Juventude iniciou em 03 de fevereiro. Essa Secretaria, que teve o seu início em 2005, tem tido alguns problemas desde o ano de 2007, quando a Bancada do Partido dos Trabalhadores fez algumas diligências: o Adeli Sell formalizou uma notícia-crime no Ministério Público; o Ver. Todeschini e a Verª Margarete Moraes fizeram um Pedido de Informações a respeito da Secretaria, mas, infelizmente, nós nunca conseguimos resposta. Mais tarde tentamos fazer uma CPI - não é, Ver. Todeschini? -, mas infelizmente não conseguimos as assinaturas necessárias. Só que o Ministério Público e a Polícia Federal iniciaram essas investigações, juntamente com a Operação Rodin, que investigava os mais de quarenta milhões desviados do Detran, algo que acabou colando no ProJovem, pois a Fundae, que prestava esse serviço para o Detran, também era a Fundação que prestava esse mesmo serviço para a Secretaria da Juventude. Com isso, nove pessoas da Secretaria da Juventude, do ProJovem, foram indiciadas pela Polícia Federal e pelo Ministério Público.

Nós sabemos que a Secretaria da Juventude é ligada ao PDT; e, em 2010, presenciamos um fato estranho, de certa forma, nesta Casa; pela disputa de dois grupos políticos dentro do PDT, acabamos recebendo um pedido de CPI por parte da Verª Juliana Brizola, hoje Deputada Estadual. Mais tarde, esse pedido não foi aceito devido à forma como foi feito. Depois, o Ver. Luiz Braz fez um novo pedido de CPI com as doze assinaturas, sendo duas delas do próprio PDT: da Verª Juliana Brizola e do Ver. Mauro Zacher. A partir daí, tivemos a oportunidade de iniciarmos nesta Casa a CPI do tão falado ProJovem.

Todos diziam que seria uma CPI chapa-branca, e já no primeiro depoimento tivemos presente o Sr. Douglas, proprietário da empresa DS Sonorização. Pasmem, senhores telespectadores: durante o depoimento, ele falou sobre um serviço prestado à Secretaria da Juventude no valor de 54 mil reais; ele nos disse que ficou só com nove mil, que devolveu os outros 45 mil a pessoas que ainda estão sob investigação. O Sr. Douglas chegou a afirmar que estaria sofrendo ameaças de morte, Ver. Luiz Braz, e saiu desta Casa escoltado. Esse foi o primeiro depoimento da CPI, e já começava quente, Ver. Brasinha.

Seguindo os depoimentos, tivemos aqui o Sr. Paulo Jorge, da Amavtron, presidente da Associação da Vila Tronco. O Sr. Paulo Jorge estava um pouco enrolado na hora de explicar, e até agora não conseguimos identificar se são 530 mil ou 350 mil reais que foram para o convênio assinado entre a Secretária da Juventude e a Amavtron para os Quilombos da Juventude, com nove localizações diferentes. Pior do que isso, Ver. Luiz Braz: o Sr. Paulo Jorge entregou-nos um documento no qual ele fala que a Secretaria da Juventude só assinaria o convênio com a Amavtron se todas as compras fossem realizadas na empresa chamada Flores&Camargo e se os vídeos, os filmes - que já chegaram a esta Casa, em seguida vamos poder assisti-los -, fossem gravados pela empresa DAM. Esses vídeos, no planejamento estratégico, têm o custo de 40 mil reais; devem ser de ótima qualidade!

Além disso, o Sr. Paulo Jorge disse que as pessoas contratadas no convênio entre a Amavtron e Secretaria seriam indicações da Secretaria da Juventude, Ver. João Antonio Dib, e, se ele não acatasse as contratações da Secretaria, não fizesse as compras na Flores&Camargo, se não utilizasse a DAM Assessoria em Teledifusão Ltda, não haveria convênio. Essa foi a afirmação do presidente da Associação. Das 27 pessoas contratadas pela Amavtron, 20 pessoas foram indicadas pela Secretaria da Juventude, pelo Secretário Alexandre Rambo, 20 filiados ao PDT, vinte cabos eleitorais. Além disso, nas nossas pesquisas, Ver. Luiz Braz, descobrimos também que a empresa DAM Assessoria, que fez os filmes do Quilombos da Juventude, não ficou por aí, pois existem 47 processos de pagamento de fatura da Prefeitura em favor da empresa entre 2006 e 2011. Essa empresa não só prestou serviços para a Amavtron como para a Prefeitura de Porto Alegre, Ver. Todeschini. São 47 contratos da Prefeitura com a DAM, todos eles, assim como o da Amavtron - porque é pela Associação -, sem licitação. Então, parece que a nossa CPI “chapa-branca” está tendo resultado. Foram 47 processos de pagamento de fatura da Prefeitura em favor da DAM entre 2006 e 2011! Ainda estamos investigando os valores desses contratos.

Sobre a empresa Flores&Camargo, há dúvidas maiores, começando pelos endereços. Eu e minha assessoria vimos aquela nota fiscal de 33 mil e 609 reais e vimos, no planejamento estratégico, o mesmo valor: 33 mil e 609 reais. Depois, quando eles concluíram, gastaram o mesmo valor. Fomos até o endereço, o primeiro endereço que aparecia na nota fiscal: Av. Adelino Ferreira Jardim, nº 30. Fomos até lá, e existe um escritório muito pequeno, onde, com certeza, não caberia, Ver. Reginaldo Pujol, nenhum atacado do porte do que fez as vendas. E começamos a investigar. Eu estive em todos os cinco endereços da Flores&Camargo, Ver. João Antonio Dib, e tive dificuldade em encontrar essa empresa que vendeu para a Amavtron a pedido da Secretaria da Juventude. Mas o pior ainda é a relação dos produtos comprados: cortador de isopor, lixa d’água, massa corrida PVA, tubo de spray, tubo de spray cor preta, furadeira, serra tico-tico, pistola para grampo, grampo para pistola, máquina de solda, eletrodo, lixadeira, discos de corte para lixadeira, arame galvanizado, bastão de cola, pistola para cola de silicone, lâminas, etaflon, galão grega, rabo de galo - cores variadas -, alijofre, pluma de espigão, cola branca, arame para florista, base média de carro alegórico, chapa de Eucatex, caibro, TNT, chapas de isopor, acetato, PVA branca, corante - cores variadas -, rolo tamanho médio PVA, pincel, purpurina, entre outros. Tudo isso comprado em uma única empresa que tem como objeto artigos esportivos, Ver. Luiz Braz. O objeto dessa empresa é artigo esportivo, Ver. Tarciso! Eu tenho dificuldade de entender como essa empresa de artigo esportivo tem tanto material! Difícil é encontrar a empresa.

Também ouvimos aqui, Ver. João Antonio Dib, o Sr. André Cristiano Alves Fortes, mais conhecido como André Fortes, um cidadão filiado ao PDT. Quando esteve aqui a Juliana Brizola, perguntamos se ela conhecia o Sr. André Fortes. Ela respondeu que o conhecia como militante, meio de longe. Só que todos os que vieram aqui para as oitivas falaram que o André Fortes era o coordenador. Só que não conseguimos achar esse André Fortes nenhuma vez, em lugar algum. Ele nunca tem cargos, mas é um coordenador e foi orientado pelo Secretário da Juventude, o Sr. Alexandre Rambo, a coordenar lá na Amavtron. Perguntei também se ele recebia materiais e qual era a sua função. Ele, já brabo, indignado, disse que não recebia material algum, só que, nesta nota fiscal da Flores&Camargo, lá no final, quando perguntado se conhecia aquela assinatura, ele disse que reconhecia, que era dele; estava a assinatura do senhor André Fortes recebendo esse material da Flores&Camargo! Talvez não tenha recebido! Talvez não tenha chegado, porque ele disse que nunca recebeu, mas é ele quem assina! E essa é a nossa Secretaria da Juventude!

O pior de tudo é que esse senhor, o André Fortes, esse coordenador na Amavtron, do Projeto Quilombos da Juventude, esteve aqui na Câmara de Vereadores, inclusive a Presidente Sofia, que hoje preside esta Casa, acho que era a Presidente da Comissão de Educação. Temos fotos aqui do Sr. André Fortes na Câmara Municipal de Porto Alegre, representando a Secretaria da Juventude, ele é um dos pivôs de todo esse episódio da Amavtron, representando a Secretaria da Juventude. Ele mesmo diz que fez várias reuniões, inclusive com o Prefeito José Fogaça, e que esteve em Brasília representando a Secretaria! Mas o que é isso? Ele não tem cargo, mas representa e fala pela Secretaria da Juventude, faz reuniões com o Prefeito José Fogaça?! E teve a petulância ainda, Ver. João Antonio Dib, de dizer que recebeu um convite da Casa Civil, do Governo do Estado, para trabalhar lá! Isso passa pela cabeça do Sr. André Fortes, mas, na Casa Civil, ninguém o convidou, e tenho certeza de que lá ele não vai trabalhar, Sr. João Antonio Dib, pois, de todos os cargos que tem o PDT no Governo, até hoje o Sr. André Fortes não conseguiu nenhum, com toda a sua sabedoria e competência. E não vai ser na Casa Civil, no Governo do Estado, que vai trabalhar o Sr. André Fortes - o senhor pode ficar tranquilo, Ver. João Antonio Dib.

Agora, eu pergunto: um cidadão que esteve aqui nesta Casa e disse que representava a Secretaria da Juventude, inclusive em Brasília; que fazia reuniões com o Prefeito, será que não cometeu nenhum crime? Pior ainda é que muitos que chegam aqui nesta CPI colocam a culpa no Centro do Governo, e nós já estamos escutando muitos falarem do Secretário Busatto, da PGM, mas vamos continuar investigando. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. REGINALDO PUJOL: Srª Presidente, Srs. Vereadores e Sras Vereadoras, em condições normais eu não viria à tribuna em Comunicação de Liderança, numa segunda-feira, às 16h30min, quando já estou com um pedido, encaminhado para a Presidência, de que, às 16h45min, vou comparecer a uma reunião em que se vai discutir o Projeto Monumenta, especialmente em relação às obras da Praça da Alfândega. Então, eu teria todo o interesse de que a Ordem do Dia se iniciasse de imediato, mas, em face de alguns pronunciamentos, eu não posso me furtar de vir à tribuna.

Entre esses, está o último pronunciamento do Ver. Mauro Pinheiro, e quero colocar o meu enfoque pessoal. Eu tenho o compromisso com a Cidade de que não vou me manifestar sobre a Comissão Parlamentar de Inquérito, sobre seus depoimentos, enquanto os trabalhos não se encerrarem. Como Relator, eu vou, fielmente, relatar os trabalhos ao final, o que impede que o Ver. Mauro Pinheiro - que só não é Vice-Presidente da Comissão porque o seu Partido não deixou que ele o fosse, nós queríamos que ele fosse - tenha as suas opiniões, venha à tribuna e se manifeste, especialmente porque ele acaba por nos fazer, Presidente da CPI, Ver. Luiz Braz, uma grande homenagem. Ele prova que nós estamos fazendo um trabalho correto, bem-feito, sem nenhum tipo de amarra que impeça que a melhor das investigações possa ser realizada, apagando, por inteiro, aquela colocação e aquela dúvida inicial de que V. Exª iria presidir uma Comissão de Inquérito chapa-branca e de que eu o ajudaria na operação abafa. Eu não teria condição, por mais amizade que eu tenho por V. Exª, de o ajudar nessa ignóbil tarefa. Vossa Excelência não me pediu isso, não quer isso; ao contrário, quer fazer o trabalho sério que vem fazendo. Essa é uma das colocações que me obriga a vir à tribuna.

A segunda é um misto do pronunciamento do Ver. Alceu Brasinha e do pronunciamento do Ver. João Antonio Dib. O Ver. João Antonio Dib falou sobre o transporte coletivo na Cidade, e o Ver. Brasinha sobre o que nós vimos lá na Bolívia, em Santa Cruz de la Sierra, uma cidade que tem um milhão e seiscentos mil habitantes, muito próximo do número de habitantes que nós temos em Porto Alegre, penso que até um pouco mais, inserida numa região metropolitana de cerca de três milhões de habitantes, como Porto Alegre aqui está inserida. O Ver. Idenir Cecchim cumprimentou-me por eu ter ido a Santa Cruz, disse que lamentava não poder ter ido em outras ocasiões e que gostaria de conhecer a cidade, exatamente para conhecer as realidades que lá existem. Eu disse a ele que o maior ganho que eu tive ao ir a Santa Cruz de la Sierra é que eu fui lá, Ver. Dib, e voltei gostando de Porto Alegre mais do que nunca. Gostando de Porto Alegre mais do que nunca! Porque não é só em relação ao transporte coletivo da cidade boliviana que há um verdadeiro mar, uma verdadeira extensão amazônica separando a qualidade dos nossos serviços com a dos deles; é em tudo que diz respeito à qualidade de vida.

Srª Presidente, vejo que meu tempo se encaminha para a conclusão. De certa forma, quando condenam os Vereadores do interior do Estado por viajarem, eu digo que lamento que os homens públicos, muito mais especialmente os da nossa Cidade, os da nossa querida Porto Alegre, não possam viajar mais, porque, se começarem a viajar mais, se começarem a conhecer mais o Brasil, a conhecer mais a América e o mundo, vão se dar conta de que a nossa querida Porto Alegre tem bons serviços públicos, tem uma boa qualidade de vida, para a qual nós contribuímos enquanto agente político, e disso nós temos que nos orgulhar, orgulhar-nos profundamente. É por isto, Verª Sofia, que eu vim à tribuna nesta tarde, é para dizer: como é bom viajar e sentir saudade de Porto Alegre!

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Luiz Braz está com a palavra em Grande Expediente, por cedência de tempo do Ver. Mario Manfro.

 

O SR. LUIZ BRAZ: Srª Presidente, Verª Sofia Cavedon; Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, senhoras e senhores, como sou Presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito que investiga problemas na Secretaria da Juventude, cabe a mim cumprimentar todos os Vereadores e Vereadoras da Comissão, porque, nesses meses em que estou à frente da Comissão, eu posso, realmente, testemunhar que todos estão empenhados em levantar a verdade sobre os diversos temas. É uma investigação muito difícil, porque, afinal de contas, Ver. João Dib, a CPI - Vossa Excelência já falou isto aqui outras vezes -, nas Câmaras de Vereadores, tem uma dificuldade enorme de fazer investigação, e essa está muito mais afeita a outras instituições, como é o caso do Ministério Público, que tem facilidades maiores. O que nós temos feito é tentar, de alguma forma, ligar o nosso trabalho com aquele feito pelo Ministério Público. Ver. Mauro, quero cumprimentar V. Exª, que tem sido muito atuante na Comissão Parlamentar de Inquérito. A gente tem verificado que, por várias vezes, conseguimos ficar à frente do Ministério Publico - não sei como - nas investigações que estão sendo feitas sobre esses temas ligados à Secretaria.

Mas eu já tenho um juízo de valor sobre aquilo que estamos fazendo com relação a essa CPI. Acredito que a fórmula que foi encontrada não é uma fórmula exclusiva de Porto Alegre, mas, sim, uma fórmula de todo Brasil: todos os Municípios brasileiros que resolveram adotar uma Secretaria da Juventude estão trabalhando dentro deste padrão, que é um padrão que está ligado ao Ministério do Trabalho e ao Ministério da Educação. E este padrão está completamente equivocado; nós não podemos, de forma alguma, conceber que as terceirizações sejam feitas da maneira como a que estamos assistindo. Está claro que é uma indução à corrupção, é uma facilitação à corrupção, Ver. João Dib. O caso que foi citado aqui pelo Ver. Mauro Pinheiro é de uma empresa contratada sem licitação; não é uma empresa famosa, foi contratada não sei por quê. Não houve nada, foi um processo de escolha da Secretaria para fazer um vídeo, que é de péssima qualidade.

Eu escutei um pedaço desse vídeo e quero colocar para toda a Comissão ouvir. Eu o recebi da própria Secretaria da Juventude, ela me enviou cópia do vídeo; e alguns dos DVDs, Ver. DJ Cassiá - Vossa Excelência também é um especialista do caso -, nós não ouvimos. Então, o DVD, que custou 40 mil reais - não foi um DVD barato -, deveria ter uma boa resolução com relação às imagens, a gente deveria olhar bem as imagens, mas acontece que um DVD não é só isso. No DVD temos de ter imagem e som, e o som desse DVD a gente não consegue ouvir. Inclusive, conversando com o Ministério Público - que tem uma cópia do DVD -, nós verificamos que o Ministério Público também tem a mesma opinião: o DVD é de péssima qualidade. Porque um dos atributos que não pode faltar num DVD é o som, e ele não existe; a não ser na gravação final, na entrega dos diplomas, mas isso não precisava nem ser gravado. É claro, se eles estão dando cursos, o que é importante, Ver. Dr. Raul, quando nós fazemos a gravação de um curso, são as aulas que estão sendo ministradas. A entrega dos diplomas deveria ocupar, realmente, um espaço muito pequeno nesse DVD, mas, na verdade, ela ocupa todo um DVD; todo um disquinho daqueles está preenchido com a entrega dos diplomas. É a única coisa de boa qualidade que há, porque é gravado com duas câmeras - a gente nota que ali há mais do que uma câmera -, e o som é audível. O resto não presta.

Então, isso só é possível porque esse sistema que é do Ministério do Trabalho e também do Ministério da Educação é repassado para todos os Municípios; não é só repassado para cá, todos os Municípios têm exatamente esse mesmo planejamento, esse mesmo sistema de fazer com que haja terceirização dos serviços, como é o caso, por exemplo, da contratação da Amavtron. Ninguém explica por que a Secretaria contratou a Amavtron sem um processo normal de escolha, um processo que pudesse contemplar uma entidade que tivesse realmente condições para fazer aquele trabalho. A Secretaria acabou contratando a Amavtron, que não sabe nem explicar direito por que foi chamada.

Então, a certeza que eu já tenho com relação a isto, sobre essa fórmula que é praticada em todo o Brasil, não é exclusiva de Porto Alegre, é de que não presta, não serve. E, se acontece aqui em Porto Alegre, esse sistema deve estar também induzindo outras cidades à prática da corrupção - a gente vê que isso, infelizmente, se dá. Por que eu vou pagar um vídeo barato, se eu tenho todo o dinheiro do mundo para contratar um vídeo!? Daqui a pouquinho, estou contratando um vídeo por 40 mil reais, Ver. DJ Cassiá...! Precisa ser um negócio de muito boa qualidade! E esse vídeo não é, esse é até de má qualidade, mas foi comprado por 40 mil reais.

O Ver. Mauro Pinheiro fez um trabalho de levantamento muito bom com a empresa Flores, verificando de onde vêm esses materiais, uma empresa que a gente também não sabe por que foi escolhida, porque ela não é especialista na venda desses produtos. A gente não sabe, a gente não consegue adivinhar o motivo, até porque ela não tem muitas notas desde o ano de 2008, não é, Ver. Mauro Pinheiro? Eu acho que, desde o ano de 2008 até o momento, ela tem, se eu não me engano, onze notas retiradas, não é?

 

O Sr. Mauro Pinheiro: Vossa Excelência permite um aparte? (Assentimento do orador.) Presidente, pela nota fiscal que foi emitida em 2006, essa empresa pediu um novo talonário. Ele começa com a nota número 500 - isso no ano de 2006 -, e a nota que ela tirou para a Amavtron, no ano de 2008, foi a de número 512; quer dizer, de 2006 até 2008, foram 11 notas fiscais.

 

O SR. LUIZ BRAZ: Olha, não pode ser um trabalho sério. A gente sabe que nenhuma empresa sobreviveria tirando apenas onze notas fiscais em dois meses. Seria uma coisa absurda que uma empresa pudesse sobreviver assim. Então, é claro que a gente vê que aí há problemas difíceis de ser comprovados, mas detectá-los é fácil, eles são de fácil visualização. Acontece que, numa Comissão Parlamentar de Inquérito, o importante é que a gente possa comprovar, e é isso que os Vereadores e as Vereadoras da Comissão estão fazendo, no sentido de que a gente possa chegar ao final do nosso trabalho sem precisar pedir desculpas à população por não termos conseguido chegar aos objetivos que pretendíamos.

Eu até acredito, Ver. Mauro Pinheiro, V. Exª tem sido um Vereador bastante sério e muito qualificado, dando muita contribuição para a Comissão, que o Dr. Tarso Genro cometeu, na verdade, um ato falho que eu sei que não pode ser respaldado por Vossa Excelência. Porque, quando se tratou do problema do DAER, ocasião em que ele deveria ter autorizado o funcionamento da CPI - aliás, Ver. Pedro Ruas, eu não vi, depois, um pronunciamento mais forte de V. Exª em relação a CPI do DAER, mas eu sei que V. Exª também era favorável a CPI do DAER -, ele resolveu ir para aquele grupo de trabalho que dizia: “Deixa que os amigos vão ver o que está acontecendo; não dá, CPI é coisa de inimigo, CPI é só para bagunçar governos”.

 

O Sr. Pedro Ruas: Vossa Excelência permite um aparte?

 

O SR. LUIZ BRAZ: Ver. Pedro Ruas, com muito prazer. Vossa Excelência qualifica o meu pronunciamento.

 

O Sr. Pedro Ruas: Obrigado, Ver. Luiz Braz. Apenas para registrar que a Verª Fernanda Melchionna e eu estivemos na Assembleia Legislativa por três vezes. Numa delas, fomos recebidos pelo Deputado Dr. Basegio, que, ainda naquele momento, detinha a capacidade de manter acesa a chama da CPI, que nós chamávamos de CPI dos Pardais - ainda a chamamos assim, essa CPI a que V. Exª se refere. Na tribuna desta Casa, fiz dois pronunciamentos. Entendo que devemos lutar, ainda há um prazo de 15 a 20 dias a aguardar, nós devemos lutar muito por essa CPI. Então V. Exª tem todo o direito de fazer suas críticas, evidentemente, mas não faça injustiça com o PSOL. Nós queremos a CPI dos Pardais, e muito, e não vamos desistir.

 

O SR. LUIZ BRAZ: Apenas queria ouvi-lo. Estou aguardando aquela passeata que V. Exª falou que ia organizar, porque eu quero participar. Eu quero participar daquela passeata, porque acho que será importante. Afinal de contas, devemos querer que as coisas sejam absolutamente claras no serviço público. Para que isso possa acontecer, acredito que tenho que usar os mesmos critérios quando o meu Partido está envolvido, quando alguém do meu Partido está envolvido ou quando os outros Partidos estão envolvidos. Se não for assim, se eu quiser só investigar os outros quando se tratar dos meus... Igual o PT tem feito nos últimos tempos. Inclusive, esse negócio do “mensalão” é uma prova cabal de que o PT não gosta de ser investigado e, quando é investigado, procura aliar-se ao Judiciário, a todo mundo, e aí o Presidente Lula diz assim: “Não, pode deixar, isso daí vai ser investigado só em 2050”. Daqui a 50 anos! Quer dizer, é um escárnio com relação à verificação do destino do dinheiro público.

Mas, se eles fazem isso lá, nós, Vereadores, DJ. Cassiá, não podemos fazer o mesmo aqui. Acredito que cada um de nós - eu respeito muito todos os Vereadores desta Casa - tem que dar aqui o exemplo. Muitas vezes os nossos Partidos não agem de acordo com aquilo que gostaríamos, mas nós aqui nós temos que dar o nosso exemplo, fazendo com que a nossa conduta, à frente de todo o trabalho, onde estivermos, seja realmente a mais séria possível, principalmente quando se trata de dinheiro público, pois aí nós temos que saber por onde anda, para onde foi! Quando vemos o PT e alguns outros Partidos, eles procuram se esconder sempre: “Ah! Se é no meu... Ah! Não, pelo amor de Deus, aí não pode, gente! O que vocês querem investigando o Lula, investigando os companheiros do Lula?” Aí, não pode. Agora, quando são os outros, dizem: “Vamos abrir tudo, ver o que acontece”

Eu quero que abram tudo sempre, quero que a gente possa investigar tudo sempre! Não pode ser só num determinado momento, como tem acontecido aqui no nosso Rio Grande do Sul. Lembro quando o Dr. Tarso Genro, um homem que eu admiro, vou dizer mais uma vez, não quis a CPI e montou um grupo de amigos para que as investigações não fossem levadas da forma que era necessária, apurando os problemas dentro do DAER. Infelizmente, vai ficar tudo por isso mesmo; não vamos chegar a conhecer, Ver. João Dib, aquilo que realmente aconteceu lá no DAER, porque a Comissão Parlamentar de Inquérito, que deveria funcionar, infelizmente não ocorreu. Aqui sim, na nossa Comissão Parlamentar de Inquérito, não há nem um só Vereador da Comissão que não esteja querendo levantar a verdade sobre esses assuntos. É claro que faltam para nós, às vezes, os mecanismos necessários para chegarmos lá, mas, se Deus quiser, vamos concluir com êxito as investigações que estão sendo feitas.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): A Verª Fernanda Melchionna está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

A SRA. FERNANDA MELCHIONNA: Srª Presidente, Verª Sofia Cavedon; colegas Vereadores, Vereadoras; eu gostaria de agradecer ao Ver. Professor Garcia, que iria fazer um pronunciamento, mas deixou que nós utilizássemos a Liderança do PSOL antes, até porque é um assunto, Ver. Professor Garcia, que trata da Educação no Município de Porto Alegre e que, de fato, me deixou bastante chocada. Quero agradecer ao Líder do Partido, o Ver. Pedro Ruas, que prontamente me cedeu a Liderança do nosso PSOL, para eu discutir um tema muito importante para a cidade de Porto Alegre: as referenciais curriculares para o Ensino Fundamental da Rede Municipal de Ensino de Porto Alegre.

Cabe resgatar aos nossos ouvintes que as referenciais curriculares são fundamentais para prospectar o planejamento das ações pedagógicas em cada um dos Ciclos que existem na nossa Rede Municipal de Ensino, e essas referenciais curriculares, evidentemente, têm que ser construídas a partir da gestão democrática e da oitiva dos professores, das associações, daqueles que constroem a política educacional de Porto Alegre. Muito me espantou, Vereadoras e Vereadores, que o documento apresentado pela Secretaria Municipal de Educação, pela diretoria pedagógica do Ensino Fundamental, Ver. Garcia, copia parágrafos inteiros de documentos curriculares de outros Municípios.

Eu aponto duas coisas: primeiro, a ineficiência ou a ausência de uma diretoria pedagógica que trabalhe com os referenciais curriculares de maneira correta, honesta, levando em consideração as especificidades e as necessidades de Porto Alegre. Segundo, ficamos chocados, porque nós, bibliotecários, professores, combatemos o plágio. Na escola, sempre discutimos a importância da pesquisa escolar, de os estudantes produzirem o seu próprio conhecimento, Ver. João Antonio Dib, a partir das leituras; a necessidade de referenciarmos quando pegamos o material de outro autor. E imagine, Ver. João Antonio Dib, que a Prefeitura, a Secretaria Municipal de Educação, que deveria ensinar os estudantes a fazer pesquisas escolares, está utilizando trabalhos copiados de outros Municípios do Brasil. Isso é inaceitável! Isso é plágio! Isso mostra a ausência de uma assessoria pedagógica comprometida na Secretaria Municipal de Educação. E eu quero pedir explicações - estou pedindo na tribuna, para a Secretaria Municipal de Educação - sobre este documento (Mostra o documento.): quem foram os responsáveis pela sua escrita? Quais serão as medidas cabíveis em relação a esse plágio? Não há outro nome, é plágio! O que é ilegal, imoral, ilegítimo e absolutamente contestável sob todos os ângulos.

E, para não fazer nenhuma acusação vazia, eu trouxe documentos para mostrar aos Vereadores. A apresentação, Ver. Garcia, dos referenciais curriculares da SMED de Porto Alegre é igual, todos os parágrafos são iguais - iguais! -, do início ao fim, aos do documento publicado anteriormente pela Prefeitura de Niterói, disponível na Internet. Igual, Ver. Luiz Braz, exatamente igual, da primeira à última frase! Quer dizer, a assessoria pedagógica da SMED não teve capacidade sequer de fazer uma apresentação distinta à da Prefeitura de Niterói. Mas não para por aí, Ver. João Antonio Dib: os objetivos, a lógica das matrizes curriculares, várias partes são muito similares, muito similares, Ver. Todeschini, à documentação curricular de Niterói. Está tudo disponível na Internet, mas eu trouxe cópias para apresentar. No de Porto Alegre está na página 10 e, no de Niterói, Verª Sofia, está na página 8 - exatamente igual! Quer dizer que os objetivos de Niterói e de Porto Alegre são iguais, Ver. Todeschini!? Aliás, é o mesmo texto. É muita coincidência, é muita coincidência!

Só para concluir, Ver. Garcia, também outras partes do documento estão copiadas da organização e desenvolvimento do currículo de Passo Fundo, dos pressupostos teóricos. Então, a Secretaria Municipal de Educação de Niterói fez um “copy cola” do material de Passo Fundo, mostrando uma prática no mínimo contestável, condenável, que é o plágio, e, segundo, a ausência de uma assessoria pedagógica coerente que possa, de fato, fazer referenciais curriculares que correspondam às necessidades da cidade de Porto Alegre. Estou aqui com os documentos e acho que a Câmara Municipal tem de intervir nesse assunto.

 

(Não revisado pela oradora.)

 

O SR. PROFESSOR GARCIA: Prezada Presidente, gostaria de usar o Tempo Especial.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Professor Garcia está com a palavra em Tempo Especial.

 

O SR. PROFESSOR GARCIA: Srª Presidente, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras; Verª Fernanda Melchionna, eu gostaria que V. Exª, como membro da Comissão de Educação, levasse esse assunto à Comissão, para que a gente pudesse fazer uma avaliação e tomar as providências cabíveis.

Na semana passada, dia 14, quinta-feira, este Vereador esteve visitando a Câmara Municipal de São Paulo, onde tivemos uma reunião com o Presidente José Police Neto, bem como com o seu chefe de gabinete, o Breno Gandelman, que inclusive é Procurador do Município, quando conversamos sobre os grandes temas que São Paulo e Porto Alegre estão discutindo, ou seja, com a aproximação da Copa, mais do que nunca as cidades estão se voltando para outro segmento. Nós fomos lá para falar sobre mobilidade urbana, sobre sustentabilidade, sobre educação, sobre esporte. Por exemplo, São Paulo, agora, está começando a discutir a questão da acessibilidade, e esta Casa, coincidentemente, também vai discutir a respeito desse tema. Fizemos uma proposta ao Presidente no sentido de tentar aproximar a Câmara Municipal de São Paulo à Câmara Municipal de Porto Alegre, porque entendemos que esse trabalho das grandes Câmaras Municipais é pertinente.

Presidente Sofia, o Presidente da Câmara Municipal de São Paulo virá a Porto Alegre, para que possamos então fazer uma aproximação, talvez assinar um documento. E mais: como Vereador desta Casa, Verª Sofia, estou propondo que a nossa Câmara faça uma reunião com as Câmaras Municipais da Grande Porto Alegre, para que possamos discutir os grandes temas, como a questão, por exemplo, da mobilidade urbana, que é um assunto que preocupa bastante, é pertinente. Entendemos que, cada vez mais, temos que atuar nessa área.

Também fomos recebidos pelo Sr. Pedro Costa Neto, da Escola do Parlamento na Câmara Municipal de São Paulo, que colocou a possibilidade de aproximação, e os Vereadores Attila e Aurélio nos recepcionaram, tivemos contato com inúmeros Vereadores. O que acontece em São Paulo não é muito diferente do que acontece em Porto Alegre, lá é só em dimensões maiores. Este Vereador entende que, mais do que nunca, fazer uma aproximação, saber o que está acontecendo nas grandes capitais, sem sombra de dúvida, vai fazer também Porto Alegre crescer. Então, foi uma alegria saber que foi bem acolhida essa possibilidade. Deve iniciar ainda no final do mês, entre 30 de abril e 1º de maio, para que, então, aos poucos, esse assunto possa materializar-se. Sem sombra de dúvida, ganharemos nós, os Vereadores de Porto Alegre, e também os 55 Vereadores de São Paulo. Esse era o relado, Presidente.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon – às 17h04min): Obrigado, Ver. Professor Garcia.

Havendo quórum, passamos à

 

ORDEM DO DIA

 

Antes de passarmos à discussão do Requerimento nº 024/11, solicito ao Ver. Mario Manfro que assuma a Presidência, visto que sou uma das signatárias do Requerimento. Este Requerimento foi construído por Vereadores de vários Partidos, a partir da Audiência Pública sobre o Código Florestal. Solicito a contribuição de Vossas Excelências.

 

O SR. PEDRO RUAS (Requerimento): Só faço um registro, Excelência. Gostaria de perguntar a todos, inclusive a V. Exª, se poderíamos colocá-lo em votação e aprová-lo sem encaminhamento, em função do horário. Essa é a pergunta que faço. Há acordo da Presidência?

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Há acordo.

 

O SR. PEDRO RUAS: Há acordo das Lideranças? Ver. João Dib, há acordo para ser votado sem encaminhamento? (Pausa.) O Ver. Dib disse que há acordo, Excelência. Podemos, então, colocar em votação.

 

(O Ver. Mario Manfro assume a presidência dos trabalhos.)

 

O SR. PRESIDENTE (Mario Manfro): Em votação o Requerimento de autoria do Ver. Pedro Ruas, solicitando votação do Requerimento nº 024/11 sem encaminhamento. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.

 

REQUERIMENTO - VOTAÇÃO

 

(encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

REQ. Nº 024/11 – (Proc. nº 1480/11 – Verª Sofia Cavedon e outros) – requer Moção de Solidariedade com o povo brasileiro, quanto à prorrogação do prazo para a averbação de reserva legal a que se refere o Decreto nº 6.514/08, alterado pelo de nº 7.029/09, objetivando o aprofundamento do debate.

 

O SR. PRESIDENTE (Mario Manfro): Em votação o Requerimento nº 024/11, de autoria da Verª Sofia Cavedon e de outros Vereadores. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. Nº 0344/11 – PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 005/11, de autoria do Ver. Reginaldo Pujol, que concede o Diploma Honra ao Mérito à Associação Cristã de Moços do Rio Grande do Sul – ACM-RS.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Adeli Sell: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a tramitação do Projeto;

- da CECE. Relatora Verª Fernanda Melchionna: pela aprovação do Projeto.

 

Observação:

- incluído na Ordem do Dia em 13-04-11.

 

O SR. PRESIDENTE (Mario Manfro): Em discussão o PR nº 005/11. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.

 

(A Verª Sofia Cavedon reassume a presidência dos trabalhos.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Aldacir Oliboni está com a palavra.

 

O SR. ALDACIR JOSÉ OLIBONI: Nobre Presidente, eu gostaria que constasse nas notas taquigráficas e que até fosse comunicado ao Secretário Municipal da Saúde que o Projeto da Administração Centralizada - com o qual o Secretário está muito preocupado -, criando os cargos em provimento para os futuros funcionários do HPV, em substituição aos da Fugast, ficou para quarta-feira, para a Reunião Conjunta das Comissões.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Muito bem. O Ver. Aldacir José Oliboni lembrou que decidimos isto na Mesa Diretora hoje: a criação de cargos da Saúde ficou para a Reunião Conjunta das Comissões na quarta-feira, é uma proposta do Ver. João Antonio Dib também.

Em discussão o PLL nº 021/11, de autoria do Ver. Idenir Cecchim.

 

O SR. IDENIR CECCHIM (Requerimento): Solicito a retirada de priorização deste Projeto, Srª Presidente.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Em votação o Requerimento de autoria do Ver. Idenir Cecchim, solicitando a retirada de priorização do PLL nº 021/11. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon – às 17h10min): Encerrada a Ordem do Dia.

Apregoo Memorando nº 004/11, de autoria do Ver. Nilo Santos, que solicita representar a Casa nos dias 18 e 19 do mês corrente, no Município de São Borja, junto ao Mausoléu do Presidente Getúlio Vargas, na homenagem que será prestada a Getúlio Vargas, alusiva ao 129 ª aniversário do seu nascimento.

Apregoo Requerimento s/nº, de autoria do Ver. Reginaldo Pujol, que requer lhe seja deferida representação para participar hoje da reunião com SMOV, SEC, SMF, PGM sobre as obras do Projeto Monumenta na Praça da Alfândega.

Apregoo Memorando nº 05/2011, de autoria da Verª Maria Celeste, que solicita representar a Casa nos debates da FEE/Conjuntura em debate: Contexto Internacional e Política Econômica, que se realizarão hoje, dia 18 de abril, nesta Cidade.

Amanhã pela manhã, realizar-se-á a Conferência sobre a Política Ambiental do Governo Federal e o Código Florestal, com a presença da Ministra do Meio Ambiente, a Srª Izabella Teixeira. Estaremos presentes às 9h30min, quando entregaremos a Moção que pede a prorrogação de prazo para a averbação das áreas de preservação para pequenos, micros e médios agricultores, que estava precipitando a votação do Código Florestal. Decisão tirada na audiência pública. O Ver. Beto Moesch estará presente, e os demais Vereadores estão convidados para participar da Conferência, será às 9h30min, na Assembleia Legislativa.

 O Ver. Mario Fraga está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. MARIO FRAGA: Srª Presidente, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, público que nos assiste pela TVCâmara e público presente nas galerias, eu venho neste momento, apesar de usar a Liderança, num ajuste que nós temos na Bancada do PDT, em meu nome para relatar uma festa, um acontecimento que houve ontem na nossa comunidade, na Praça José Comunal, em Belém Novo. Essa praça é conhecida como a Praça do Triângulo, onde nós fizemos a Festa da Páscoa, que nós antecipamos, visto que, nos feriados, acontecem diversas festas para as crianças e para os adultos, para movimentar a nossa comunidade, que fica bem distante, é bem difícil de a gente fazer alguma atividade naquela região.

Eu queria enaltecer, porque a transversalidade, do que o Ver. Idenir Cecchim fala muito, foi uma herança que tivemos do querido Fogaça e, para nossa satisfação, continuamos com o Prefeito Fortunati. E ontem foi dada uma prova bem viva de que a transversalidade continua no nosso Governo. Nós conseguimos, naquele evento, na Praça José Comunal, em Belém Novo, envolver a Secretaria Municipal do Meio Ambiente, através do seu capataz da Zona Sul, o Sr. Luiz, que nos ajudou muito na quadra de esportes, que foi transformada numa quadra de futebol de salão, uma quadra de vôlei e uma quadra de basquete; tivemos o DMAE, através do Dr. Flávio Presser, e, para nossa felicidade, o dia de ontem, domingo, foi lindo, conseguimos aquela deliciosa água do DMAE para todos os atletas, para todos os visitantes da Praça. Fica o agradecimento também ao DMAE, que esteve presente conosco, e ao DMLU, através do capataz da nossa Região, o Sr. Romeu, que esteve no dia anterior - no sábado - e no domingo na Praça. Nós terminamos o evento às 17h, sem nenhuma sujeira na Praça, sem nenhum pedaço de papel, copo ou saco de pipoca. O pessoal da capatazia estava a postos, e não foi preciso fazer nenhuma limpeza.

O agradecimento final mesmo é para a Secretaria Municipal de Esportes, através do Secretário José Edgar Meurer e do seu chefe de gabinete, o Sr. Ingorn Kronbauer. Por que em especial para eles? Porque o evento se chamava Triatlo Esportivo, com a presença do Ônibus Brincalhão. O Triatlo Esportivo foi feito dentro da quadra, Dr. Raul, e nós fizemos esse evento com futebol de salão, basquete e vôlei, sendo que o futebol de salão com quatro equipes até 14 anos. Participaram as quatro escolinhas que nós temos em Belém Novo, cada uma colocou um time, e quem se consagrou campeã foi a Associação dos Amigos de Belém Novo. No basquete, nós tivemos quatro equipes, sendo que três eram da Restinga. Que coisa linda que foi aquilo lá! Foram 12 jogadores de basquete da Restinga, incluindo três professores de Educação Física, em especial o Professor Toninho, que esteve na organização do basquete. No vôlei, a coordenação foi da estagiária Kely, que faz um belíssimo trabalho em Belém Novo. Através disso, queríamos tentar fazer nos moldes do futebol o vôlei e o basquete.

A Secretaria Municipal de Esportes abrilhantou o evento à tarde: às 14h, quando chegou o Brincalhão, ônibus solicitado por todas as comunidades, nós já tínhamos quase cem crianças esperando, e o ônibus ficou até as 17h, para a felicidade das crianças, e sem nenhum intuito maior do que beneficiar a nossa comunidade de Belém Novo. Este Vereador agradece ao Ver. Mauro Zacher, nosso Líder, pela Liderança do PDT. Quero dizer da nossa felicidade ontem nesse evento em Belém Novo, que há muito tempo não acontecia. Parabenizo todas as Secretarias que se envolveram, em especial o pessoal do meu gabinete, que muito me ajudou. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

(O Ver. Toni Proença assume a presidência dos trabalhos.)

 

O SR. PRESIDENTE (Toni Proença): O Ver. João Antonio Dib está com a palavra para uma Comunicação de Líder, pelo Governo.

 

O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sr. Presidente, Ver. Toni Proença; Srs. Vereadores, meus senhores e minhas senhoras, leio nos jornais e ouço nas rádios que há uma polêmica envolvendo o nome da Rua dos Andradas. É o nome oficial da rua, não há dúvida nenhuma. Uma das coisas mais difíceis, em matéria de denominação de logradouros, seria trocar nome de rua, como é o da Rua da Praia, como a chamamos, mas é Rua dos Andradas. Teríamos que ir a todos os Cartórios de Registro de Imóveis e mudar as escrituras, todos os documentos fiscais teriam que ser mudados, e eu não vejo razão para se fazer isso.

Não sei se em 1973, ou 1974, não lembro exatamente, eu tive a preocupação também de que chamávamos de Rua da Praia e não Rua dos Andradas, todo mundo chama Rua da Praia. Então, já que eu tinha a preocupação, tinha que restabelecer, pelo menos lembrar a existência do nome, eu fiz um contato com o Gboex, que me deu vinte placas de alumínio, com o fundo azul, letras do mesmo alumínio, que diziam: “Rua dos Andradas”, e embaixo estava escrito “Antiga Rua da Praia”. Assim, fica restabelecido, sem nenhuma dúvida, o nome; não vai haver confusão, como diz aqui, para os turistas. Na época, foram vinte placas. Hoje pela manhã, olhei rapidamente um trecho da Rua da Praia e encontrei uma placa na esquina da Rua General Portinho, uma placa na esquina da Rua General Bento Martins e outra placa na esquina da Rua Caldas Júnior. Imagino que haja outras placas até o encontro da Rua da Praia com a Praça Dom Feliciano. Então, eu acho que é muito fácil. Na mesma oportunidade também... Não é só a Rua da Praia, acontece com a Rua do Rosário! Preocupado com a Rua do Rosário, que é a Rua Vigário José Ignácio, consegui com o Grupo Alfred seis placas que diziam: “Rua Vigário José Ignácio, antiga Rua do Rosário”. Se há preocupação em resgatar a memória, a Rua Marechal Floriano é a Rua de Bragança; a Rua Riachuelo é a Rua da Ponte, a Rua João Manoel é a Rua Clara. Então, os interessados nesse movimento podem fazer placas e colocar: “Antiga Rua Clara, antiga Rua de Bragança, antiga Rua do Rosário, antiga Rua da Praia”, e nós vamos ter a Cidade bem sinalizada.

Já que estão falando tanto em colocar placas, eu queria lembrar ao meu Prefeito, até mandei um oficio a ele, dizendo que nós vamos ter Copa do Mundo e que seria bom termos a identificação de todos os logradouros da Cidade, que pode até ser feita com publicidade. Há um Projeto do Ver. Luiz Braz - já foi transformado em lei - que parece que dá quinze centímetros quadrados em uma placa de mil duzentos e cinquenta centímetros quadrados. Nós podemos ampliar esses quinze centímetros para sessenta centímetros, não vai fazer diferença nenhuma, e nós poderemos identificar todos os logradouros de Porto Alegre, porque a grande maioria não tem nome nenhum.

Quem conhece a Cidade... Eu me considero uma das pessoas que mais conhecem a Cidade, às vezes chego em uma rua e fico olhando para tentar identificar, porque, em dez anos, as ruas mudam, havia casas, agora são edifícios, penso: “Será que é a mesma? Não tem nenhuma placa!” Aí associo com a rua seguinte, então eu sei o nome. Acho que a grande campanha teria que ser de identificação dos logradouros com o nome que eles têm, não a troca de nomes para voltar ao passado, o que, inclusive, eu acho muito bonito, mas é difícil e custa muito caro para quem mora naquela rua, para quem tem negócio naquela rua. Se desejam trocar o nome é muito caro; como eu disse, tem que fazer registro de imóvel, tem que fazer mudanças e uma série de documentos, há os correios, enfim; o melhor mesmo é fazer o nome atual e, se for de interesse, colocar: “Antiga rua tal”. Saúde e PAZ!

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Toni Proença): O Ver. Mauro Pinheiro está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. MAURO PINHEIRO: Sr. Presidente, Ver. Toni Proença; Srs. Vereadores e Sras Vereadoras, quero aproveitar este tempo de Liderança, Ver. Adeli Sell, para falar um pouco sobre a Frente Parlamentar do Metrô, Ver. João Antonio Dib. Na sexta-feira, houve a primeira reunião da Frente Parlamentar, e tivemos aqui as presenças importantes do Secretário da EPTC, Vanderlei Cappellari; do Fábio, que é chefe de gabinete do Secretário Luiz Carlos Bueno, de Mobilidade Urbana, ligado ao Ministério das Cidades; do Casper, da Trensurb; também do técnico da EPTC, o Feitoza. Registramos também outras presenças, mas essas quatro pessoas fizeram um relato bastante importante não só sobre o metrô como também do trânsito de Porto Alegre.

Levantando alguns fatos, a gente vê o quanto Porto Alegre tem dificuldades no trânsito. Segundo uma pesquisa realizada em Brasília, Porto Alegre é a quinta pior cidade para se locomover. O trânsito em Porto Alegre está cada vez pior e por alguns motivos. Um deles é a topografia dos morros existentes, que dificulta a ligação com as ruas; e outro motivo é a falta de planejamento estratégico. Então, há muitas ruas, Ver. João Antonio Dib - Vossa Excelência conhece bem, estava falando em ruas -, que não tem seguimento. Elas fazem voltas para ter continuidade, e com isso o deslocamento das pessoas acaba sendo maior, o que congestiona cada vez mais o trânsito. Outro motivo é que nos últimos dez anos a frota de veículos particulares em Porto Alegre cresceu 40%. E nós vimos os resultados também nos ônibus em Porto Alegre e a dificuldade; inclusive, agora, o Ministério Público está fazendo um levantamento, Ver. Alceu Brasinha; também porque nessa gestão, nesse último Governo, o nosso ex-Secretário Ver. Adeli Sell muito cobrou do Secretário Senna, que gastou 500 mil reais em estudo para os Portais, Ver. Adeli Sell. Felizmente, o Prefeito José Fortunati parece que abandonou a questão dos Portais, agora a Prefeitura de Porto Alegre quer buscar o metrô.

A nossa Frente Parlamentar do Metrô... E é importante essa Frente, porque nós, Vereadores desta Casa Legislativa, temos que estar em consonância com a Prefeitura, com o Executivo, com a Assembleia, com o Governo Federal, com a Câmara Federal, para trazer o metrô, para que esse sonho de Porto Alegre se torne realidade. Até o dia 12 de junho - foi colocado pela Secretaria de Mobilidade - teremos o resultado se vai ou não haver recurso para Porto Alegre. Por tudo que discutimos na Frente Parlamentar, com certeza Porto Alegre vai ser escolhida pelo Ministério das Cidades, e essa verba do PAC 2 virá para Porto Alegre, pois são 2,2 bilhões para a construção do metrô em Porto Alegre; uma obra que com certeza vai mudar a cidade de Porto Alegre, pois, se continuarmos do jeito que está, se não evoluirmos para o transporte público, Ver. Oliboni, vai ficar difícil andar em Porto Alegre. Não é só em Porto Alegre que aumentou a frota particular; Alvorada, que é uma cidade ao lado de Porto Alegre, aumentou em 60% o número de veículos particulares. Então, não há outra saída a não ser melhorarmos o transporte público em Porto Alegre.

A mudança de visão da Prefeitura de Porto Alegre, que não quer mais, que desistiu sabidamente dos Portais da Cidade, agora trará o metrô, e não só o metrô, também temos que avançar para os BRTs, assim como faz Curitiba, para melhorarmos o transporte coletivo, principalmente lá na Lomba do Pinheiro, no Partenon. A nossa Verª Maristela Maffei está aqui e sabe o quanto está ruim o transporte coletivo lá, e nós queremos melhorar. Então, a Frente Parlamentar do Metrô está fazendo todo o esforço para que o metrô se torne realidade na cidade de Porto Alegre; que possamos qualificar o nosso transporte coletivo. Porto Alegre não está tão ruim - não é, Ver. Brasinha? - com relação à Bolívia, mas temos que nos comparar aos melhores países, com os países europeus e melhorar o nosso transporte coletivo, porque a nossa população, a nossa sociedade, merece uma cidade melhor, com transporte qualificado, assim como a nossa cidade Porto Alegre. Muito obrigado.

(Não revisado pelo orador.)

O SR. PRESIDENTE (Toni Proença): O Ver. Aldacir José Oliboni está com a palavra para uma Comunicação de Líder, pela oposição.

 

O SR. ALDACIR JOSÉ OLIBONI: Nobre Presidente, Ver. Toni Proença; colegas Vereadores, Vereadoras; público que acompanha a nossa Sessão no dia de hoje. Quero falar aqui, Ver. Brasinha e Ver. DJ, sobre Saúde. Nós, que temos o entendimento, Ver. João Antonio Dib, de que é preciso andar a passos largos, entendemos que Saúde tem uma certa prioridade do Governo, ou deveria ter dos Governos, mas percebemos que alguns não a têm, porque grande parte dos Municípios do Rio Grande do Sul acabou se utilizando dos serviços de referência, que são os da cidade de Porto Alegre, a Capital. E Porto Alegre ainda tem enormes dificuldades - os seus cidadãos - para acessar os serviços em Saúde. Diante das modificações que ocorrerão agora com o IMESF - Instituto Municipal de Estratégia de Saúde da Família -, existe uma certa contradição do Governo ao informar que muitas Unidades de Saúde se tornarão PSF, Programa de Saúde da Família.

Nós devemos manter, sim, as Unidades de Saúde e ampliar os PSFs, até porque grande parte da população de Porto Alegre, Ver. DJ, ainda não tem um PSF que faça o atendimento na sua casa. Já as Unidades de Saúde ficam à disposição dos cidadãos, onde, portanto, podem não só consultar, como também retirar medicamentos durante todo o santo dia, isto é, no horário comercial. Depois disso, nós temos os Prontos Atendimentos 24 horas, que são regionalizados e, além disso, os atendimentos de urgência dos hospitais, que, na verdade, prestam esse serviço pelo SUS e que têm essa relação com o Poder Público.

Apesar de tudo isso, temos uma enorme dificuldade para acessar o serviço. Portanto, é inadmissível percebermos que alguém possa largar o boato ou a informação de que algumas Unidades de Saúde estariam fechando. É óbvio que, se chegar esse assunto aqui, nós estaremos batalhando contra, porque nós temos de trabalhar a ideia de ampliarmos o serviço e não o reduzir. Recentemente, houve um comentário sobre a Unidade de Saúde da Ceres, próxima ao Carrefour, na Região Leste de Porto Alegre, de que estaria fechando. Na verdade, Ver. Brasinha, a informação trazida pelo Secretário é de que não fechará, porque essa Unidade está sendo locada pelo Governo Municipal, e a proprietária teria pedido a área; o Governo está tratando da renovação do contrato de locação para que ali, sim, continue a Unidade de Saúde da Ceres, aberta e a serviço da população. Por outro lado, há outra Unidade muito próxima dali, que é a Unidade de Saúde São Carlos, sobre a qual também saiu o boato de que estaria fechando, porque fica no local do Terminal Alameda, mas trata-se de uma Unidade que serve a todo o conjunto daquela região e é uma referência, sim. Amanhã haverá uma reunião no Sanatório Partenon para tratar desse assunto, para ver se é compatível, se é real.

Nós queremos fazer aqui, então, um apelo ao Governo Municipal para que as Unidades de Saúde se mantenham abertas, para que haja ampliação do Programa de Saúde da Família, que é o que nós aqui aprovamos, porque o Governo disse que iria, sim, duplicar, triplicar as Unidades de Saúde; então, que não venha com a ideia de querer fechar Unidades de Saúde. Nós queremos, pelo contrário, que essas unidades se equipem mais, que se dê um aporte não só estrutural à unidade, mas também para os trabalhadores, que ali se criem melhores condições de trabalho para ampliar o serviço que já existe, como é o caso do atendimento médico e do atendimento odontológico, assim como tantos outros programas que podem ser agregados à Unidade de Saúde, para que o Programa de Saúde da Família possa ser ampliado em Porto Alegre. Então, nesse sentido, queremos manter, sim, as Unidades de Saúde abertas e funcionando, queremos que os trabalhadores se sintam motivados a atender a população, apoiados, sim, pelo Governo e por esta Casa, mas que também se trabalhe na direção de ampliar o Programa de Saúde da Família e que se construa novos PSFs.

Fiquei muito feliz ao saber que, ali no Terminal Alameda, na Região Leste de Porto Alegre, será definitivamente instituído um Programa de Saúde da Família, não é justo que o DMLU ocupe uma área tão nobre como aquela, então que ela seja direcionada para a saúde da população. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Toni Proença): Passamos à

 

PAUTA - DISCUSSÃO PRELIMINAR

 

(05 oradores/05 minutos/com aparte)

 

2ª SESSÃO

 

PROC. Nº 0660/10 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 022/10, de autoria dos Vereadores Aldacir José Oliboni e Dr. Raul Torelly, que obriga a disporem de aparelho desfibrilador cardíaco externo semiautomático os locais que especifica e dá outras providências.

 

PROC. Nº 3000/10 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 142/10, de autoria do Ver. Waldir Canal, que concede o título de Cidadão Emérito de Porto Alegre ao senhor Antônio Augusto Mayer dos Santos.

 

PROC. Nº 1102/11 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 031/11, de autoria do Ver. Aldacir José Oliboni, que inclui a efeméride Dia da Corrida pelo Idoso no Anexo à Lei nº 10.904, de 31 de maio de 2010 – que institui o Calendário de Datas Comemorativas e de Conscientização do Município de Porto Alegre e organiza e revoga legislação sobre o tema –, e alterações posteriores, no primeiro domingo de outubro.

 

PROC. Nº 1255/11 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 014/11, que desafeta de uso comum do povo imóveis do Município e autoriza a devolução de áreas ao loteador.

 

O SR. PRESIDENTE (Toni Proença): Não há inscritos para discutir a Pauta.

Visivelmente não há quórum. Estão encerrados os trabalhos da presente Sessão.

 

(Encerra-se a Sessão às 17h32min.)

 

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